11 de Março de 75. O Golpe foi há 50 anos

 

O Golpe do 11 de Março de 1975 (também chamado da Intentona do 11 de Março), foi uma tentativa de golpe de estado dirigida por António de Spínola.

Precedida pela manifestação da “maioria silenciosa”, terá sido finalmente desencadeado pela crença de Spínola de que a extrema-esquerda estava prestes a levar a cabo uma série de assassinatos, na suposta “Operação Matança da Páscoa”.

Uma vez fracassado este Golpe, resultou no exílio de Spínola, e deu origem ao tumultuoso Verão Quente de 75, que desemboca no 25 de Novembro de 1975, onde Rio Maior foi palco central.

A 11 de março, liderados por Spínola, aeronaves e paraquedistas atacam a base do Regimento de Artilharia de Lisboa (RALIS, antigo Regimento de Artilharia Ligeira n°1 – RAL-1) e tentam tomar o controlo operacional da base aérea de Monte Real, em leiria.

Estando planeado o ataque, e prosseguir em seguida para outras posições estratégicas do governo e sociedade civil, os golpistas incluem membros e ex-membros da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), com a sua missão focada em tomar postos policiais, logísticos e de comunicação.

Várias unidades militares nas quais Spínola contava não aderem ao golpe, e os defensores rechaçam os golpistas em várias frentes.

Chegam ao RAL-1 reforços do Movimento das Forças Armadas (MFA) e populares, por ele armados, que tomam o lado dos defensores, dos quais morrerá um soldado.

Gera-se então um impasse desfavorável ao Golpe, que resulta na rendição de muitos dos “Golpistas”, e fuga de alguns, incluindo Spínola, via Espanha franquista, ao fim de cerca de 8 horas desde o início da intentona.

[António Sebastião Ribeiro de Spínola, nasceu em Estremoz, Santo André, a 11 de abril de 1910, e morreu em Lisboa, na Ajuda, a 13 de agosto de 1996.

Foi um militar e político português, décimo quarto presidente da República Portuguesa e o primeiro após o 25 de Abril de 1974.]

 

 

Na primeira imagem podem ver-se Paraquedistas e civis, na porta do RALIS, em Lisboa, e na segunda a fotografia oficial de António Spínola, enquanto Presidente da República.

[Imagens: Museu da Presidência, wikipédia]

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