O Novo Hospital do Oeste (NHO), a construir no Bombarral, deverá ter 467 camas, 16 especialidades médicas e 1 centro tecnológico e biométrico, sugere o Grupo de Trabalho que traçou o perfil assistencial necessário à região.
Segundo a Agência Lusa, que teve acesso ao relatório do Grupo de Trabalho, 381 destas camas serão para internamento geral, divididas por unidades que terão entre 28 e 32 camas, em quartos duplos e individuais.
Em caso de necessidade, os quartos individuais “devem possibilitar a expansão para uso duplo em 35% da capacidade estimada”, com mais 133 camas.
No caso da pediatria, os quartos contemplam a acomodação de um acompanhante e, na obstetrícia, o acomodamento conjunto de mãe e recém-nascido.
Saúde Mental com 31 camas e 57 para cuidados especiais
Ainda, o Grupo de Trabalho sugere que na área da saúde mental devam ser previstas 31 camas para internamento e que sejam afetadas 57 camas a cuidados especiais, divididas pelas especialidades de Pediatria, Cuidados Intensivos Polivalentes e pelas unidades de Coronários e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
A nova unidade deverá ainda ser dotada de 74 gabinetes de consulta externa, 17 postos de diálise crónica e de hospital de dia polivalente e nas especialidades de pediatria, oncologia e saúde mental.
O relatório sugere também a criação de um bloco operatório com 10 salas, das quais quatro vocacionadas para ambulatório e três para urgências. Na maternidade estão previstos nove quartos de partos e na neonatologia nove berços e seis incubadoras.
16 especialidades médicas
O Grupo de Trabalho defende igualmente que o NHO integre 16 especialidades médicas, das quais três não existem nos atuais hospitais do Centro Hospitalar do Oeste (CHO): Endocrinologia, nefrologia e reumatologia.
Já nas especialidades cirúrgicas mantém as seis já existentes no CHO.
Por último, as quatro especialidades de Diagnóstico e Terapêutica já existentes deverão aumentar para cinco, com a inclusão de Anatomia Patológica.
O relatório sugere ainda a criação de um centro tecnológico e biomédico de apoio ao ambulatório e ao internamento, com laboratórios de Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Imuno-hemoterapia e Imagiologia.
Este relatório do Grupo de Trabalho constituído pelo Ministério da Saúde, e liderado por Ana Jorge, ex-Ministra da Saúde, foi divulgado na passada semana às 12 autarquias da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim).
O documento foi apresentado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, numa reunião nas Caldas da Rainha, que culminou com o anúncio da escolha do Bombarral, para a construção do futuro hospital.