[EDITORIAL] A César, o que é de César

EDITORIAL

A César, o que é de César.

Recebemos na nossa redação um Comunicado do “PSD de Rio Maior”, datado de 20 de dezembro, e onde fomos diretamente visados, tal como o nosso proprietário.

Como é nossa obrigação, e para que não houvesse quaisquer interpretações sobre a sua publicação, fizemo-lo na íntegra e tal e qual nos chegou.

No mesmo, são tecidas considerações várias, acerca de outras várias questões, desde a iniciativa particular de cada um, a deontologia dos jornalistas, o papel da comunicação social, questões políticas e uma notícia que publicamos.

Sobre tudo isto, não nos pronunciamos sobre questões do foro particular, restando-nos agradecer a iniciativa, perseverança e investimento do proprietário neste projeto, que permite a sua estrutura e desenvolvimento, dando continuidade ao título e missão do Região de Rio Maior.

Muito menos nos pronunciamos sobre questões políticas.

No aspeto deontológico dos jornalistas, é feita uma confusão entre a atividade de jornalista e a posição do proprietário, acreditamos que mais por ignorância e precipitação do que intencional, e donde não retiramos qualquer consequência ou má-conduta.

No que toca à notícia publicada, considerando as métricas de perceção pelo público, recomendadas, a política editorial e de composição do jornal, os textos tendem sempre a ser curtos e objetivos não sendo possível tantas vezes ser mais descritivos e relatar todos os factos com maior detalhe. É uma questão transversal a toda a comunicação social nos dias de hoje.

Mas admitimos imprecisões e falhas, como é natural, e estamos sempre disponíveis para as corrigir, como aconteceu nesta notícia e em outras, no fundo acabando por lhe dar o maior detalhe, ainda assim não essencial para a perceção da notícia. A não presença de um nosso jornalista num determinado evento não prejudica a aquisição da informação por recurso a outras fontes, absolutamente legítimas e protegidas por Lei.

Concordamos em absoluto com o que vem escrito no Comunicado quando diz:

“O trabalho dos órgãos de comunicação social é, sem dúvida, essencial no acesso da generalidade das pessoas à informação (…)”; acrescentando ainda: “(…) muita da informação essencial à compreensão da atualidade, ficaria reservada a alguns (…)”.

É exatamente o nosso lema, levando a informação às pessoas, para que não seja reserva de alguns, para que compreendam a atualidade que as envolve e onde vivem, para que o cidadão participe. Na essência, é esta a nossa missão.

Por último, refere ainda o Comunicado que o jornal tem práticas “(…) “menos boas” (…)”, ao noticiar atividades desenvolvidas por políticos locais afetos a outro partido que não o Autor do Comunicado.

O jornal Região de Rio Maior trabalha a informação que recolhe e que lhe chega, de acordo com o seu Estatuto Editorial, cronologia, oportunidade e interesse para o seu público, entre outros critérios jornalísticos, sendo descabida a acusação que nos é feita.

As notícias que publicámos acerca de agentes políticos de determinado partido foram as que nos chegaram sob a forma de Nota à Imprensa. Tivemos a oportunidade de verificar que também outros órgãos de comunicação social local e regional o fizeram, e até antes de nós.

A título de exemplo, o partido que agora se nos dirige, foi com este Comunicado que o fez pela 1ª vez.

Ainda a título de exemplo, acompanhamos este Editorial com a imagem da 1º página de uma das nossas edições, a de 30 de setembro de 2021.

No fim, parece-nos que haverá outras questões políticas e sociais mais prementes e necessitadas de atenção, até imediata, ao invés de “arrufos” e “fogachos” que nada constroem ou resolvem. Mas não nos cabe esse julgamento.

A comunicação social local precisa de apoio para levar a cabo a sua missão e permitir uma Sociedade mais justa, equilibrada, participativa e desenvolvida.

A todos os nossos Leitores, muito agradecemos todo o apoio recebido, de forma direta e indireta, desejando-lhes Boas Festas e um Feliz Ano Novo, sobretudo, onde possamos levar-lhes o que se passa no seu Mundo, para que ele seja melhor.

E… a César, o que é de César.

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