Beja e Alverca e pode haver mais
Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa.
Também foram propostas à Comissão Técnica Independente (CTI) que está responsável pela avaliação ambiental estratégica.
Segundo Rosário Macário, que faz parte da CTI e vai ser responsável pela avaliação ambiental estratégica, numa entrevista que deu à Lusa, irão ser analisadas também outras opções que entretanto chegaram àquela Comissão.
A resolução do Conselho de Ministros previa que outras localizações pudessem ser tidas em conta e assim Alverca e Beja entraram na corrida.
Em cima da mesa estavam no início Portela como principal + Montijo, Montijo como principal + Portela, Alcochete, Portela + Santarém ou só Santarém.
Em março, haverá uma primeira avaliação e a partir de abril não haverá mais propostas, tendo que os relatórios com as conclusões estar fechados até novembro.
Mais que a distância, o tempo é que conta
Questionada se faz sentido um aeroporto de Lisboa afastado da cidade, como no caso de Santarém ou Beja, que ficam a 80 quilómetros, a professora universitária apontou que a distância física não é o fator mais relevante.
“O mais relevante são sempre as acessibilidades em tempo e em alternativas para chegar à cidade a partir do aeroporto”, disse.
“Obviamente que não é desejável que seja muito longe, mas a distância em tempo é, digamos, o principal aspeto e isso depende da oferta que existe, dos modos de transporte e das soluções de deslocação”, disse.
Segundo Rosário Macário, qualquer uma das hipóteses “implica repensar acessibilidades”.
A CTI tem como coordenadora-geral a professora Maria do Rosário Partidário e conta com uma equipa de seis coordenadores técnicos, entre os quais se encontra a professora universitária Rosário Macário.
Esta especialista em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes, será a responsável pela coordenação da área de planificação aeroportuária.
[imagem: Jornal A Planície]
