Aeroporto: Vendas Novas a menos má, Beja é que era melhor

A ANA – Aeroportos de Portugal, cuja concessão foi atribuída aos franceses da VINCI, continua a defender o Montijo como a melhor solução para a construção do novo aeroporto.

Esta será a opção que lhe é financeiramente mais favorável e implica, desde logo, que o atual aeroporto Humberto Delgado (Lisboa) se mantenha em funcionamento, na que é chamada de solução dual.

Já para a Comissão Técnica Independente (CTI) a solução Montijo foi a primeira a ser chumbada.

Para a CTI, para além do grande impacto ambiental, a localização não oferece capacidade de expansão futura do aeroporto.

Recorde-se, aliás, que os Municípios daquela região também chumbaram esta localização pelos grandes impactos ambientais e sociais que iria provocar.

Encerrado o período de Consulta Pública no passado dia 26 de janeiro, nove organizações não-governamentais de ambiente entregaram dentro daquele prazo um parecer conjunto onde defendem que “todas as opções que incluem Montijo são ambientalmente inviáveis”.

Esta seria a pior de todas as soluções, sob o ponto de vista ambiental, reafirmam os ambientalistas.

Na sua opinião, para além do Montijo, a solução de Alcochete também é má do ponto de vista ambiental, sendo Vendas Novas a menos má de todas.

No entanto, estas organizações do Ambiente defendem que o melhor seria investir na ligação ferroviária entre Beja e Lisboa, e assumir o aeroporto alentejano como uma solução complementar, a Lisboa, para os próximos 10 anos.

Entretanto, o consórcio que promove o projeto de Santarém, apresentou alterações que permitem diminuir o impacto da falta de navegabilidade aérea no espaço aéreo escalabitano, devido ao corredor da Base Aérea do Montijo.

A decisão final sobre a futura localização do aeroporto só será conhecida depois das eleições e, seja qual for, não estará a funcionar antes de 2035.

 

[Imagem: Rádio Vidigueira]

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