Um rio atmosférico, também conhecido como rio voador ou rio aéreo, é um fluxo concentrado de vapor de água, que se desloca na horizontal, nas zonas média e alta da atmosfera, entre os 12 e os 17 kMs de altura.
Este vapor de água nos rios atmosféricos é fornecido por fontes de humidade tropicais e/ou extratropicais, tonando-se longo e estreito, uma faixa de separação entre dois campos atmosféricos.
Autoestradas de humidade
São uma “espécie de autoestrada” que leva a humidade que se forma nos trópicos para norte e sul do planeta, e onde na latitude de Portugal continental surgem com maior frequência entre o fim do outono e o início da primavera.
Os rios atmosféricos que afetam Portugal continental nascem no Atlântico e são responsáveis por conduzir ar subtropical temperado e muito húmido.
Chama-se “rio” mas não têm exatamente margens definidas e não são visíveis a olho nu.
São sensores atmosféricos e modelos matemáticos, hoje em dia através de software específico, que permitem saber o seu tamanho aproximado, onde estão e de onde e para onde se deslocam.
Os “rios atmosféricos” são a principal causa de precipitação extrema e intensa e que causam maior dano nos setores costeiros ocidentais, sobretudo, a costa oeste da América do Norte, Sudeste da América do Sul, Europa Ocidental, costa oeste do norte da África, Península Ibérica, Irão e Nova Zelândia.
Portugal e Espanha contra os rios atmosféricos
Portugal e Espanha, ao contrário, têm contribuído para a ausência destes “rios atmosféricos” devido à ocorrência de longos períodos de seca.
Não há humidade (vapor de água), não há “rio atmosférico”.
O conceito tem sido estudado desde o final do século XX, mas o termo “rio atmosférico” ganhou mais destaque na literatura científica a partir dos anos 2000, na medida em que se foi conhecendo mais sobre estes fenómeno e que há mais equipamento tecnológico para o seu estudo.