O Movimento Ar Puro, de Rio Maior, solidariza-se com as pessoas do Barroso (região formada pelos concelhos de Montalegre e Boticas), contra o projeto de mineração de lítio a céu aberto.
Numa nota enviada à imprensa, e subscrita por António Costa, dirigente do Movimento, é feito o apelo à solidariedade com as pessoas daquela região, em especial “daquelas aldeias”, para que não se sintam sozinhas a resistir contra “a máfia da energia verde”.
Nestes termos, o Movimento afirma-se contra “o que poderia ser o primeiro projeto de mineração de lítio a céu aberto na Europa”, e que encontra resistência naquela região do Barroso, desde há sete anos.
Ainda no comunicado distribuído à imprensa, pode ler-se que “a Agência Portuguesa do Ambiente [APA], deveria ser a agência que defende o meio ambiente em Portugal, mas é uma agência que se recusou a ouvir mais de 900 participações contra a implementação da mina – até hoje continua a ser a consulta pública mais participada de sempre”.
Recorde-se que a população intentou uma providência cautelar contra a implementação da mina em terrenos privados e baldios, para “defender os territórios «Património Agrícola Mundial», a água pura do Barroso, e as paisagens infindáveis de montanha com uma concentração de biodiversidade das mais incríveis do nosso continente europeu”, perante a qual a APA alega interesse público.