Esta tarde deflagrou um incêndio numa das alas dos Pavilhões do Parque D. Carlos I, em Caldas da Rainha.
O incêndio foi dado por controlado por volta das 20h00 e os danos foram circunscritos ao sótão e telhado, informou o Município das caldas da Rainha.
O alerta foi dado pelas 16h40 e levou ao local 43 bombeiros e 14 viaturas, que combateram as chamas num dos edifícios no bloco central dos Pavilhões do Parque D. Carlos I, no edifício localizado junto à antiga casa da Cultura e ao Céu de Vidro.
“Neste momento já não há chamas e o que ardeu foi mesmo o sótão que tinha um emadeiramento com mais de 100 anos e o edifício ficou sem telhado”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques (independente).
“O chão também era todo em madeira, não se sabe ainda se ardeu, mas já se sabe que o fogo não passou para os pisos de baixo, nem em que condições é que estes possam estar”, acrescentou ainda.
Não houve propagação aos restantes pavilhões do conjunto centenário.
Este património termal é propriedade do Estado e foi concessionado à Câmara no final de 2015.
Por sua vez, em 2017, os pavilhões foram concessionados pela autarquia à Visabeira (que já detém a fábrica de loiças Bordallo Pinheiro) e que ali deverá construir um hotel de cinco estrelas.
Numa primeira análise, o fogo não deverá inviabilizar o projeto.
Os Pavilhões do Parque foram projetados nos finais do século XIX por Rodrigo Berquó para serem o novo hospital D. Carlos I.
O projeto previa a construção de sete pavilhões, destinados a enfermarias, uma galeria com 55 metros de comprimento e instalações sanitárias.
Berquó morreu antes da conclusão do projeto e os pavilhões nunca chegaram a cumprir essa função, tendo servido, durante mais de 100 anos, para albergar um quartel militar, uma esquadra da polícia e uma escola secundária.
Não houve vítimas nem outros edifícios ou vegetação do Parque em risco.
[imagem: Região de Leiria]