Prestes a celebrar os seus 35 anos, a Panificadora Costa & Ferreira, localizada no Alto da Serra, em Rio Maior, apresenta uma nova imagem identitária.
Desenvolvida pela agência Brandworkers, a nova identidade – C&F Pão de Rio Maior – “presta homenagem aos fundadores da empresa, ao mesmo tempo que projeta a marca para o futuro. O rebranding combina tradição e inovação, com o objetivo de reforçar a posição da empresa no setor da panificação e aumentar a sua visibilidade além-fronteiras”, pode ler-se em comunicado enviado às redações.
No início pão era apenas para a suas churrasqueiras
A 1 de julho de 1990, Joaquim Costa criou a então Sociedade Panificadora Costa & Ferreira, de forma a produzir o seu pão exclusivo para as duas churrasqueiras geridas pela sua mulher, Rita Ferreira, em Rio Maior.
Inicialmente, o casal produzia este pão artesanal em fornos de alvenaria, e o pão tornou-se famoso pela sua côdea estaladiça e interior macio.
O sucesso do produto levou à criação da empresa, o pão começou também a ser vendido para outros clientes, tendo elevada procura por restaurantes e grandes superfícies, e tornou-se conhecido.
Novos donos, o mesmo pão e amarguras pelo caminho
Atualmente, a panificadora emprega cerca de 240 colaboradores e possui um complexo de fabrico com 85.000 m². A produção diária ultrapassa os 300 mil pães, mais de 20 000 toneladas por ano, que são distribuídos tanto no mercado nacional quanto internacional, exportando para nove países .
A empresa, que é reconhecida como PME Excelência há mais de uma década, continua a investir em inovação e expansão, mantendo a tradição do pão artesanal português, tendo sido adquirida em setembro de 2023 pela Tagus Bread, uma empresa com sede em Lisboa.
A Tagus Bread é composta por um conjunto de investidores, incluindo a sociedade de capital de risco Touriga Capital Partners, liderada por Francisco Clarke e Francisco Maria Macedo Simão, este último ex-administrador dos CTT.
A transação envolveu a aquisição de 100% do capital social e dos direitos de voto da Costa & Ferreira, não tendo sido revelados os valores da operação.
Apesar da mudança de propriedade, a administração da empresa assegurou que a gestão e a produção permaneceriam inalteradas, mantendo Deborah Barbosa como CEO, que ainda hoje se mantém.
A propósito desta nova imagem, Deborah Barbosa afirmou que ““queríamos uma marca mais próxima, mais ágil e preparada para os desafios de amanhã. A mudança de nome e imagem é o reflexo dessa ambição,” e continua “já tínhamos intenções de mudar o nosso nome, não só por ser extenso, mas também para facilitar a nossa presença em mercados internacionais.”
Recorde-se que a 3 de abril de 2024, durante a tarde, um incêndio de grandes proporções consumiu grande parte da fábrica e dos seus escritórios, causando graves prejuízos e obrigando a uma grande intervenção de reconstrução. Não houve vítimas a registar.
[Imagens: C&F,