E a resposta não tardou.
Depois do Ministro das Infraestruturas, João Galamba, ter ontem afirmado que Santarém “é longe”, a propósito da construção de um novo aeroporto, os Deputados socialistas do distrito emitiram uma nota à comunicação social onde lembram “o sentido de estado”.
“Os Deputados do PS, eleitos pelo círculo eleitoral de Santarém, acompanham os trabalhos da Comissão Técnica Independente com toda a atenção, aguardam as suas conclusões e entendem que o Distrito de Santarém reúne condições para ser considerado como opção (…)”, afirmam.
Dizem ainda, que “(…) com total sentido de responsabilidade e de Estado, respeitamos o tempo de avaliação que cabe à Comissão, conforme acordado entre o Governo e o maior partido da oposição [PSD]”.
Esta foi uma posição assinada por Hugo Costa, presidente da federação distrital do PS, Alexandra Leitão, deputada e ex-ministra, Mara Lagriminha, presidente da estrutura das mulheres socialistas no distrito, Manuel Afonso, deputado e vereador em Santarém e Francisco Dinis, ex-presidente da Juventude Socialista do distrito.
Afronta interna e simbólica a Galamba
Com estas “personagens de peso” do PS distrital fica clara a posição de “afronta interna e simbólica a João Galamba”, como caracterizou há momentos o jornal online Observador.
Note-se que este comunicado sai para a imprensa quando ainda decorria a audição a João Galamba na Assembleia da República, esta tarde, na Comissão de Economia, e onde tentou desvalorizar as suas palavras ditas ontem com: “oitenta quilómetros é longe de Lisboa. O que eu disse é um facto”.
Centro volta a afirmar apoio à solução Santarém
Já as Comunidades Intermunicipais do Centro, que agrupam os Municípios das regiões de Leiria e de Coimbra, Médio Tejo e Beira Baixa, reunidas ontem em Porto de Mós, voltaram a defender Santarém como escolha ideal, atendendo entre outros “à coesão territorial e o investimento maioritariamente privado”, nas palavras de Anabela Freitas, Presidente da Câmara de Tomar.
Segundo Gonçalo Lopes, Presidente da Câmara de Leiria, “a distância já não se mede em quilómetros, mede-se em tempo”.
“Respeitamos aquilo que os elementos do Governo pensam, individualmente ou coletivamente. O que é fundamental para que haja credibilidade na escolha é que a Comissão faça o seu trabalho de uma maneira independente e achamos que não está posta em causa essa independência”, afirmam na sua posição conjunta.
[Imagem: CNN]
