Eugénia Lima teve a sua 20ª Gala

Com apresentação de Graça Silva, da Rádio Íris FM, de Samora Correia, a 20ª Gala Eugénia Lima, encantou no Cine-Teatro de Rio Maior.

Foi no sábado à tarde que subiram ao palco vários artistas nacionais do acordeão, desde os mais arrojados aos mais clássicos, e encantaram uma plateia em nome da grande acordeonista Eugénia Lima.

A abertura deu-se com o duo “Dois, Pois”, de Águeda. Uma fusão de acordeão e bateria, com Sónia Sobral e Gonçalo Garcia, onde interpretaram entre outros temas o “Seven”.

Assim se chama por ter 7 tempos por compasso dando “… a sensação de estar perdido, mas não…”, nas palavras da artista do acordeão Sónia Sobral.

Seguiu-se Tiago Inácio, com vários temas e a “Giesta Florida”, de Eugénia Lima.

Ainda, Silvino Campos, e o fado, tocado em acordeão, “À esquina do meu passado”.

A vez dos “clássicos” Catarina Brilha e José Cláudio, que ajudaram o Município na organização do Evento, que abrilhantaram também, aqui com o “Olha para mim”.

A finalizar, João Gentil e Manuel Rocha, este da Brigada Vítor Jara.

Se o início foi de fusão entre acordeão e bateria, este final foi de fusão entre o acordeão de João Gentil e o violino de Manuel Rocha.

Ao cair do pano, uma atuação conjunta de todos os participantes, na magnífica homenagem a Eugénia Lima.

 

Eugénia Lima já nos deixou há 9 anos

Eugénia de Jesus Lima nasceu a 29 de março de 1926, em Castelo Branco, filha de Mário António de Lima (afinador de acordeões) e de Maria do Rosário Martins de Lima.

Cedo aprendeu, sozinha, a tocar o acordeão, criando ‘a sua própria forma de fazer música’.

Aos 4 anos de idade pisou um palco profissional pela primeira vez, no Cinema-Teatro Vaz Preto, em Castelo Branco, iniciando um ciclo de atuações em toda a Beira Baixa que lhe valeram o epíteto d’”A Miúda de Castelo Branco”.

Em 1935 estreou-se no Teatro Variedades, como atração da revista.

A acordeonista escolheu morar em Rio Maior, a partir de 1971.

Desde que se mudou para Rio Maior que Eugénia Lima tem apoiado várias associações e coletividades.

É em 2001 que acontece a primeira edição da Gala de Acordeão Eugénia Lima em Rio Maior, numa organização do Município de Rio Maior.

Em 2011 é atribuído o seu nome a um pequeno jardim que fica perto de sua casa na Avenida Paulo VI, a principal avenida da cidade de Rio Maior.

Em 2013 é inaugurado o espaço “O Recanto Eugénia Lima”, em Alto da Serra (Rio Maior).

Anuncia a sua doença de Parkinson aos 85 anos, numa atuação em Castro Marim (Algarve) e vem a falecer aos 88 anos, a 4 de abril de 2014, em Rio Maior.

     

 

[imagens: RRM, RTP Arquivo, Youtube]

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