Hospital: Nazaré contra Caldas e Óbidos

A Câmara da Nazaré aprovou uma proposta de repúdio à posição das autarquias das Caldas da Rainha e Óbidos sobre a localização do novo hospital do Oeste.

Acusa mesmo estes concelhos de usar argumentos separatistas e isolacionistas.

Segundo aquele município, a construção de um novo hospital para a região é reclamada pelos 12 concelhos da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), que aprovaram a adjudicação de um estudo à Universidade Nova de Lisboa, para definir o perfil de assistência e a localização da futura unidade.

O estudo aponta o Bombarral como a localização ideal para o hospital.

A partir daqui, deveria servir de base a uma comissão de trabalho criada pelo Governo para decidir, até ao final deste mês, onde deverá ser construída a unidade para servir todos os concelhos do Oeste.

Caldas e Óbidos levaram parecer técnico ao Ministro

As autarquias das Caldas da Rainha e de Óbidos enviaram ao grupo de trabalho um parecer técnico que defende que os ministérios da Economia e da Coesão Territorial também devem participar na decisão.

Em causa está que devem ser tidos em conta outros critérios, além dos analisados no estudo encomendado pela OesteCim.

“Não é hora de voltar atrás”, diz Walter Chicharro (PS), presidente da Câmara da Nazaré, e defende que ”é sim tempo de confiar que, tal como previsto, o grupo de trabalho constituído pelo ministro da Saúde apresentará uma proposta integrada até ao dia 31 de março”.

“Outros municípios teriam certamente capacidade, por maioria de razão, para apresentar argumentos separatistas e isolacionistas similares aos que as autarquias de Caldas da Rainha e de Óbidos têm apresentado”, mas, em vez disso, “têm tido e continuarão a ter uma posição responsável e conciliadora, em prol dos seus munícipes, salvaguardando os interesses e necessidades da população desta região no domínio da saúde”, pode ler-se.

Lembre-se que Rio Maior apoia a posição de Caldas da Rainha e Óbidos, embora a sua posição tenha vindo a passar despercebida.

Um dos argumentos é o facto de não ser tido em conta no estudo realizado pela OesteCIM, embora a sua população usufrua dos serviços prestados por aquele centro hospitalar.

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