Etelvina del Blanco Tostón nasceu em León, cidade a noroeste de Espanha, atravessada pelo rio Bernesga e capital da Província de Leão.
Esta, é uma cidade com muitas igrejas e catedrais reconhecidas pela arquitetura e pela arte, entre elas a Catedral de Leão, do século XIII, de estilo gótico e com torres e arcobotantes, e ainda a Basílica de Santo Isidoro, do século X, com um estilo românico e conhecida pelos frescos e pelos túmulos reais.
Corria o ano de 1930, o dia 5 de maio, e Etelvina veio ao mundo no seio de uma família profundamente católica.
Quis ser Carmelita
Faz hoje 77 anos que ingressou na Congregação
5 dias depois, a 10 de maio, era batizada, e aos 16 anos de idade, a 14 de julho de 1946 (faz hoje 77 anos) ingressa na Congregação das Carmelitas do Sagrado Coração de Jesus.
Toma o hábito 1 ano depois (1947) e no dia dos seus 18 anos faz os primeiros Votos.
É no Hospital Penitencial de Madrid que exerce a sua primeira missão e tira o curso de Enfermagem.
[Caracas, Venezuela, 1950]
Parte para a América do Sul
Em dezembro de 1950 foi enviada para a Venezuela com um grupo de Irmãs da Congregação, partindo daí para um hospital na República Dominicana, em 1957, e em fevereiro de 1970 parte para Caracas (Venezuela), onde permanece 4 anos num Colégio das Irmãs Carmelitas.
Setembro de 1974 é a data de regresso à Europa. Entra numa clínica particular em França.
Conselheira Geral da Congregação e Secretária entre 1978 e 1982, assume aqui a posição de Superiora Geral da Congregação, que conserva até 1990, percorrendo o mundo e estando em todas as Comunidades onde as Irmãs Carmelitas tinham presença.
Desta forma, Portugal também recebeu a sua visita. As Irmãs estavam em Alcobaça, Alhos Vedros (Moita), Arruda dos Vinhos, Bombarral, Fátima, Santarém e Vila Franca de Xira.
Era nos Hospitais das Misericórdias onde prestavam serviço.
Neste período a Irmã Etelvina licenciou-se em Teologia.
[Rio Maior em 1990]
“Pedi à minha Superiora que me enviasse para África… mas, ela enviou-me para Rio Maior”
Rio Maior conhece-a em novembro de 1991, quando chega e onde durante 6 meses colaborou no então Hospital da Misericórdia.
Logo em maio do ano seguinte inicia a sua missão no Centro Paroquial e Bem Estar Social de Rio Maior – Lar Fausta Nobre, até 2004 (a irmã contava aqui 74 anos de idade), nunca deixando de levar a Comunhão, todos os domingos, a este lar, até há poucos dias.
Segundo a Irmã Etelvina, “Deus merece a entrega de uma vida e preenche essa vida”, sendo para si um ideal e essência dessa vida consagrada.
Recebeu ontem da Comunidade e da Paróquia de Rio Maior a homenagem de vida, agora que aos 93 anos regressa a Espanha, a Málaga, onde se juntará a outras Irmãs de todo o mundo, e encontrará Irmãs que também já estiveram em Rio Maior.
[A Irmã Etelvina na Cerimónia de Homenagem, com o Pe. Belo e o Pe. Cláudio, Acólitos, presidente e vice-presidente do Lar Fausta Nobre, Irmãs e comunidade geral]
[Imagens: Archivo Biblioteca Nacional, Caracas; RRM; Rita Canadas]