A MEO (Grupo Altice) desliga hoje, de vez, a sua tecnologia 3G na rede móvel.
A partir daqui assume o padrão internacional da tecnologia 4G como sendo a de base.
De todas as operadores da rede móvel foi a primeira a dar este passo.
Processo demora cerca de 4 meses
Este é um processo que se iniciou a 4 de setembro do ano passado, 2023, onde Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda foram as primeiras regiões do país a ficar sem 3G da Meo.
A 30 de novembro, de 2023, o 3G acabou em Coimbra, Leiria, Santarém, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
Rio Maior e toda esta região envolvente deixou de ter 3G da MEO nos seus equipamentos naquela data.
Hoje, 31 de janeiro de 2024, aquela operadora de comunicações termina o processo com o desligamento do 3G nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, em Faro e na Madeira.
As operadoras NOS e Vodafone, só darão este passo a partir do 2º semestre deste ano com a Vodafone a anunciar que inicia o seu processo em julho.
Essa descontinuação será gradual, demorando 4 a 6 meses, e permite o reforço no acesso a comunicações mais rápidas e eficientes, através de redes mais modernas como o 4G e o 5G.
A tecnologia 4G será a nova base e o objetivo será todos terem 5G
Mais dados, mais velocidade, menos tempo e poupa-se bateria
Neste momento a grande maioria dos portugueses já tem acesso ao 4G e a quinta e última geração, o 5G, avança gradualmente no terreno.
Quer nos serviços de voz, quer na internet móvel, com a mudança da tecnologia 3G para 4G, os utilizadores terão acesso a velocidades de download até cinco vezes superiores, e mais ainda com a mudança para o 5G.
Na prática, são débitos 72 vezes superiores à terceira geração, com as operadoras a prometerem também melhor qualidade áudio nas chamadas e mais bateria nos telemóveis.
Ou seja, se a velocidade de transmissão de dados for maior, os telefones fazem “menos esforço” para a receção e processamento e assim gastam menos bateria.
Para uma fatia reduzida da população, o 3G não é uma escolha, mas a sua única opção.
São clientes, sobretudo mais idosos, com equipamentos obsoletos, e que poderão sofrer o impacto desta alteração sendo que, neste caso, a Meo vai oferecer novos cartões aos clientes que tendo cartões antigos incompatíveis com 4G e 5G, os peçam nas lojas Meo ou nas linhas de apoio.
Os equipamentos móveis que tenham rede 2G e 3G continuarão a ter acesso à rede móvel através da tecnologia 2G, que continua ativa.
Porém, o acesso à internet móvel só será possível através de 4G e 5G. Aqueles equipamentos mais antigos terão dados e voz mas só os que são acessíveis pela “rede básica” não sendo possível assim ter internet móvel.
Mas o que é o “G” afinal?
2G, 3G, 4G e agora o 5G, são diferentes “Gerações” de capacidade do serviço. O “G” refere-se à “Geração”.
Cada nova geração da rede móvel traz evoluções em relação à anterior. Com o 3G, por exemplo, era possível enviar mensagens usando a internet pelo telefone móvel. Já o 4G permitiu a transmissão de vídeo em tempo real de qualquer lugar com sinal.
Para além da maior capacidade de serviços, com uma largura de banda superior onde “cabe” mais informação, a velocidade de transmissão de dados é uma diferença crucial entre estas tecnologias.
Enquanto a rede 3G funcionava com velocidades a partir de 144 Kbps (kilobits por segundo), a 4G tem velocidades que variam entre 100 Mbps e 1 Gbps, isto é, mil e um milhão de vezes superior ao anterior.
Isso permite que os dados sejam trocados de forma muito mais veloz, segura e constante.
Portanto, um serviço 5G (de 5ª Geração) é mais “largo”, consegue transmitir mais informação, e a uma velocidade muito mais superior.
Antigamente, ou telefonávamos, ou abríamos um jornal (página por página) na internet para ler, ou enviávamos uma fotografia. E cada operação destas demorava o seu tempo.
Agora, enquanto telefonamos e falamos com alguém, enviamos-lhe uma fotografia e carregamos um jornal inteiro, instantaneamente ou em poucos segundos.
[Imagens: Polaridad, Pináculo]