O anticiclone dos Açores está em movimento e vai afastar-se permitindo que as frentes e depressões tenham caminho aberto em direção a Portugal Continental.
Como se não bastasse, estas frentes e depressões são encaminhadas por um rio atmosférico de humidade, em direção à Península Ibérica, vindo do Atlântico.
Chuva no Carnaval
Posto isto, a previsão “é negra” para o Carnaval, com chuva abundante na segunda metade da semana, com acumulações superiores a 100 mm, sobretudo a Norte do País.
Foram quase 3 semanas em que o anticiclone “aguentou a situação”, mas a partir de hoje a crista retirar-se-á para oriente, deixando o nosso país exposto à chegada de frentes e depressões atlânticas.
A chegada de um rio atmosférico procedente de latitudes subtropicais e que praticamente ligará as Caraíbas à Península Ibérica, atravessará o oceano Atlântico, trazendo massas de ar repletas de humidade e com um elevado potencial para precipitação forte e abundante.
A semana será assim chuvosa e instável, incluindo as regiões a sul do Tejo.
Até no Alentejo e Algarve vai chover
As anomalias mais elevadas são esperadas, como não podia deixar de ser, no Minho e Douro Litoral, sendo que o resto da Região Norte e parte da Região Centro também deverão ser substancialmente regadas.
Até no Alentejo e Algarve se prevê chuva acima da média climatológica de referência. São excelentes notícias para estas regiões, sobretudo a do distrito de Faro, que numa altura crítica de crise da água, precisa, mais do que nunca, de precipitação.
Entre 100 e 71% de probabilidade em Rio Maior
Nesta região de Rio Maior, o cenário previsto pelo IPMA aponta para 100% de probabilidade de chuva na 5ª e na 6ª feira, com 94% no sábado, e a diminuir até 3ª feira de Carnaval com 71% de hipótese de chuva.
Se entre hoje e 4ª feira a temperatura máxima anda nos 20ºC, arrefece no fim de semana até aos 15ºC e volta aos 18ºC, no dia de Carnaval.
Graças aos ventos húmidos e temperados provenientes do Atlântico, a temperatura segue amena.
Ao longo do fim de semana de Carnaval, o vento mudará de direção, esperando-se a chegada de uma massa de ar mais frio que produzirá uma descida significativa das temperaturas em toda a geografia do Continente.
[Fonte e Imagens: IPMA, Meteored]