Ao fim de 40 anos foi exatamente o que aconteceu em São Sebastião (Rio Maior).
Os “Passarinhos dos Cabos” voltam a reunir-se em palco e atuaram perante uma plateia deliciada com o momento, nostálgico para uns, uma completa novidade para a maioria.
No “Maio, Mês da Música”, a Sociedade Filarmónica de São Sebastião tem vindo a desenvolver diversas atividades desde a inauguração da sua Sede a 14 de maio, ao concerto ao ar livre de 21 e agora, neste último domingo, a apresentação pública de 12 novos alunos da sua Escola de Música e o lançamento do Livro “Os Passarinhos dos Cabos”.
Esta apresentação do livro traz-nos as fotografias das páginas do caderno utilizado como guião e registo daqueles que foram os percursores da que é hoje a Filarmónica de São Sebastião, a fazer 40 anos para o ano.
“Os Passarinhos dos Cabos”, nome atribuído casuisticamente numa atuação em Rio Maior por José da Silva Pulquério (então Presidente da Câmara) quando este Grupo, ido dos Cabos, hoje São Sebastião, interpretaram o famoso tema “Passarinhos a Bailar”.
O Grupo atuava em festas e eventos, mas ainda não tinha nome… e assim ficou.
Com a última atuação em 1983, 1 ano antes da fundação da Filarmónica, a 11 de agosto, o Grupo fez a sua última atuação.
Ontem, Virgílio Ferreira, Celeste Ferreira, Joaquim Bernardino e Avelino dos Santos, “subiram ao palco” e fizeram reviver velhos tempos.
Virgílio e Avelino nas harmónicas (“gaitas de beiços”), Joaquim na bateria e Celeste na voz. António Ferreira (castanholas) e Fernando Pereira (harmónica) também faziam parte do Grupo, mas já faleceram.
Os Passarinhos aqui já acompanhados por 2 concertinas convidadas.
Escola de Música com aulas gratuitas
Uma esperança no futuro destes novos 12 músicos aprendizes que aqui já fizeram uma audição perante o público, alguns com meia-dúzia de aulas apenas mas já com um bom desempenho, no que o Maestro David Ferreira chamou de “leitura rítmica com dinâmica”.
Nas palavras da Presidente da Direção, Joana Santos: “(…) são o nosso futuro, que aprendem connosco, mas com quem também nós aprendemos muito (…)”.
Serão os novos músicos da Filarmónica, desde flautas a clarinetes, trompas a bombardinos, de tudo um pouco, e que são a aposta na formação de quadros futuros, alguns dos quais aprendizes mas já a “tocar na Banda” em peditórios e eventos menos complexos.
Ali, os alunos não pagam a formação, apenas se lhes pede empenho e gosto.
Escola de Música da Filarmónica de São Sebastião, de portas abertas à espera de pais e filhos, para aprender e tocar música.