O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou o resultado do Inquérito à Avaliação Bancária na habitação.
Concluiu que o valor mediano do metro quadrado aumentou em julho para um novo recorde de 1 525 euros, uma subida de 7,6% em relação ao ano anterior, mas que representa o 6º mês consecutivo de abrandamento.
O mercado imobiliário residencial continua a dar sinais de abrandamento
De acordo com o INE, o valor mediano de avaliação bancária na habitação aumentou 7 euros em julho e fixou-se em 1 525 euros por metro quadrado.
Mas, apesar de ser um novo recorde, o aumento de 7,6% verificado em julho de 2023 representa um abrandamento do valor do metro quadrado pelo 6º mês consecutivo, e compara com a subida de 7,9% registada em junho.
Em julho, à exceção da Região Autónoma dos Açores, todas as regiões do país viram o valor mediano de avaliação bancária aumentar face a junho, sendo que o aumento mais expressivo ocorreu na Região Autónoma da Madeira (3,3%).
Já face a julho de 2022, este valor mediano das avaliações, que cresceu 7,6%, contém a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (20,5%) e a menor, registada no Norte (6,7%).
Apartamentos são os que mais sobem
No que respeita aos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1 698 euros por metro quadrado, o que representa uma subida de 7,8% face a julho de 2022.
O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 desceu 4 euros, para 1 723 euros por metro quadrado, mas o T3 subiu 6 euros, para 1 498 euros por metro quadrado.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,9% das avaliações de apartamentos.
Moradias mais baratas que os apartamentos
Quanto às moradias, o valor mediano da avaliação bancária das moradias fixou-se nos 1 184 euros por metro quadrado em julho, uma subida de 4,9% face a julho de 2022.
Ainda na comparação face a junho, o valor mediano das moradias com tipologias T2 e T3 subiu 9 euros em ambas, para 1 159 euros metro quadrado e 1 156 euros por metro quadrado, respetivamente.
Nos T4 aumentou 15 euros para 1 266 euros por metro quadrado.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,6% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.
De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em julho de 2023, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 42,7%, 33,9%, 8,3% e 3,7%, respetivamente, superiores à mediana do país.
Beira Baixa, Alto Alentejo, e Alto Tâmega foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-47,5%, -47,3% e -46,6% respetivamente).
E Rio Maior? Quanto cresceram os preços neste último ano?
Tomando por exemplo os apartamentos, que é onde existem mais dados comparativos, Rio Maior cresceu 63 euros por metro quadrado desde julho de 2022 até julho de 2023, um crescimento de 7%.
A Lezíria do Tejo (Comunidade Intermunicipal a que pertence) cresceu nos preços por metro quadrado em 12,67%. Em julho de 2022 a mediana era de 982,75 euros e em julho de 2023 foi de 1 107,25€, também nos apartamentos.
A título de exemplo, e na região, os preços por metro quadrado nos apartamentos cresceu de julho de 2022 para julho de 2023. Em Santarém de 922 euros para 1 070 euros, em Caldas da Rainha de 1 167 para 1 282, em Alcobaça de 1 013 para 1 143 e em Leiria de 1 079 para 1 167.
Em Rio Maior, e segundo o INE, a mediana de preços por metro quadrado nas moradias era de 940 euros em julho de 2022 e subiu para 1 011,44 €.
[imagem: RRM]