O preço das casas subiu muito do ano passado para este ano e Rio Maior foi dos concelhos onde mais subiu, na região e no País.
Seguindo os dados recolhidos e tratados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Jornal de Notícias, num trabalho do jornalista Pedro Curvelo, elaborou um estudo onde reflete os aumentos do preço da habitação do ano passado para este ano.
Na região, o preço das casas em Rio Maior foi dos que mais subiu
As casas em Rio Maior custam agora mais 19,14%, do que em 2022, atingindo o preço médio de 884 euros por metro quadrado (€ / m2), no 1º trimestre de 2023.
Aqui em redor, só mesmo o Cartaxo supera este valor com um aumento de 21,43%, e atingindo o valor de 969 € / m2.
A título de exemplo, e do ano passado para este ano, com a indicação dos preços médios no 1º trimestre de 2023, os aumentos foram:
Alcobaça, + 1,99 %, preço de 1 076 € / m2
Cadaval, + 9,69 %, com o preço de 860 € / m2
Santarém, + 16,60 %, com o preço de 927 € / m2
Azambuja, + 16,94 %, com o preço de 1 146 € / m2
Almeirim, + 17,51 %, com o preço de 859 € / m2
Caldas da Rainha, + 18,31%, preço de 1 389 € / m2
Porto de Mós, + 18,95 %, preço de 772 € / m2
Rio Maior, + 19,14%, com o preço de 884 € / m2
Cartaxo, + 21,43 %, com o preço de 969 € / m2
Como subiram os preços em Portugal, Lisboa e Porto?
O preço mediano das casas vendidas em Portugal atingiu os 1 565 € / m², no 1º trimestre deste ano, o que representa uma subida de 7,6% face aos primeiros três meses de 2022, segundo os dados divulgados pelo INE.
Como referência, em Lisboa os preços apresentaram um crescimento de 8,87%, atingindo os 3 965 € / m2, enquanto no Porto a subida foi de 11,88%, fixando-se o valor mediano em 2 609 € / m2.
Salários sobem 20% e casas… 90%
Agora, segundo os dados da PORDATA (Fundação Francisco Manuel dos Santos), entre 2015 e 2022, o salário médio em Portugal subiu 20% (mais 1% que a média da União Europeia, que foi de 19%), e o preço das casas em Portugal subiu 90% (face à média da União Europeia que foi de 48%).
A que se devem estes aumentos?
Nas palavras de um empreiteiro de Rio Maior, hoje aposentado e que não quis ser identificado, a explicação deve-se ao facto de haver muito pouca construção nova de apartamentos e da pressão do mercado de arrendamento, sobretudo de jovens e das comunidades emigrantes.
“A construção de prédios em Rio Maior parou e não se tem feito nada para mudar isso (…) nem toda a gente pode ou quer viver numa vivenda, que custa mais em todo o sentido [a comprar e a manter](…) se não há para vender e arrendar e as pessoas procuram, os preços disparam”, rematou.
[Rio Maior no círculo a azul]
[fonte e imagens: RRM, PORDATA, INE, Jornal de Notícias]