O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia.
Mas, por onde passa alinha?
O percurso da linha, dupla, cruza 31 Municípios: Porto, Vila Nova de Gaia, Espinho, Ovar, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Oliveira do Bairro, Anadia, Mealhada, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Soure, Pombal, Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Alcobaça, Caldas da Rainha, Rio Maior, Cadaval, Azambuja, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Vila Franca de Xira, Loures e Lisboa.
Passando a Rio Maior, a linha vem da freguesia da Benedita (Alcobaça), cruza as freguesias de Rio Maior e Asseiceira (Rio Maior), a Sul, Sudoeste, e entra na freguesia de Alguber (Cadaval).
O mesmo traçado previsto em 2009
O traçado agora previsto é o mesmo que foi apresentado a 7 de julho de 2009, pela então Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, no Cine Teatro de Rio Maior.
Na altura incluía uma “Estação Oeste” para passageiros, orçada em cerca de 25 milhões de euros e que serviria toda a zona Oeste da então “linha de TGV”, estando localizada na freguesia de Asseiceira (Rio Maior).
Agora, essa estação não está nos planos, nem uma eventual ligação da linha do Oeste à linha do Norte, entre Caldas da Rainha e Santarém, passando por Rio Maior, como também esteve prevista naquele momento de 2009.
1ª fase Porto-Oiã arranca este mês
O concurso público da concessão do troço entre Porto-Campanhã e Oiã vai ser lançado a 15 de janeiro, e inclui a “conceção, projeto, construção e financiamento”, assim como a futura manutenção.
É uma candidatura ao fundo CEF – Connecting Europe Facility, dirigido anualmente pela Comissão Europeia e onde Portugal pretende ir buscar 729 milhões de euros para o arranque deste projeto.
O projeto está dividido em três fases: 1ª troço Porto – Soure, a 2ª Soure – Carregado (Alenquer) e 3ª Carregado – Lisboa.
A 1ª fase foi ainda subdividida em dois lotes: o primeiro é Porto – Oiã, no distrito de Aveiro, cuja intenção de lançamento de concurso público por parte da Infraestruturas de Portugal (IP) já foi publicada no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE) em novembro.
Nessa publicação, o lançamento do concurso tinha como data de referência 15 de janeiro, mas com a queda do Governo, o executivo decidiu auscultar o PSD, que já deu o seu aval e, portanto, os prazos não estarão muito atrasados.
O traçado em causa corresponde aos 71 kM entre o Porto e Oiã, numa linha preparada para os 300 km/hora.
O projeto inclui a reformulação da estação de Campanhã, no Porto, a construção de uma nova ponte rodoferroviária, com dois tabuleiros, sobre o rio Douro, a construção de uma nova estação subterrânea em Santo Ovídio (Gaia), com ligação ao Metro do Porto, e a ligação de 17 quilómetros à atual Linha do Norte, em Canelas (Estarreja), permitindo assim que o comboio de alta velocidade chegue à atual estação de Aveiro.
Porto-Vigo em paralelo, Rio Maior só em 2030
Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto-Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga-Valença até 2030.
O 2º lote desta 1ª fase será Oiã – Soure (distrito de Coimbra).
Sobre a empreitada da travessia da linha de alta velocidade no Concelho de Rio Maior ainda não se sabem mais pormenores, sendo que a obra está programada para acontecer entre 2026 e 2030, ligando Soure ao Carregado.