Não sendo de natureza igual, quase que poderíamos dizer que o percurso da Procissão do Enterro do Senhor, sem chuva, foi inspirado nos festejos de Assentiz… foi à justa!
[Assentiz (Rio Maior) localidade de onde se diz que o proveito da Festa foi à justa!]
São Pedro, que negou Cristo 3 vezes, redime-se num breve intervalo de águas para que a Procissão chegasse à Misericórdia, a salvo e a seco.
Cumpridas as Cerimónias no interior da Igreja Paroquial, enquanto no exterior caía água abundante, a Organização decidiu fazer-se à rua com os Andores, e correu bem.
É certo que o percurso foi abreviado e mal se saiu da Igreja Paroquial rumou-se logo em direção à Igreja da Misericórdia, a passo ligeiro, e em silêncio, mas foi uma deslocação que encaixou na perfeição numa “aberta” em que, pese embora o ameaço constante, não choveu.
Depois de 4 anos de interregno devido à pandemia, a Santa Casa da Misericórdia juntou-se à Paróquia de Rio Maior e levaram a efeito as tradicionais Procissões da época Pascal.
No passado dia 17 de março saiu a Procissão do Senhor dos Passos e ontem a do Enterro, ficando assim completas as “manifestações de rua” desta época.
Até ao momento houve forte adesão da população local e de visitantes, mesmo com o mau estado do tempo, mostrando que afinal a tradição ainda é o que era.
Para além do aspeto estético das Procissões e do marco solene que imprime nas festividades da Páscoa, assume um papel religioso importante já que muitos dos fiéis escolhem este momento para celebrarem e cumprirem as suas promessas.
Hoje, há a Vigília Pascal na Igreja Paroquial, pelas 22h00, e amanhã as Missas do Dia de Páscoa, a primeira às 12h00, e depois às 19h00.
As imagens são de Anabela Carvalho e Jorge Gaspar, a quem o Região de Rio Maior agradece a cordialidade do uso neste texto.
[Imagens: Anabela Carvalho (1,5,6,7, e 8), Jorge Gaspar (2,3, e 4)]