Rio Maior: tem Desfibrilhador na Praça

Comemora-se hoje o Dia Internacional da Proteção Civil e o Município aproveitou para apresentar o novo equipamento DAE, instalado na Praça da República, em Rio Maior, em vez da tradicional demonstração de viaturas e meios.

O que é um aparelho DAE?

Um DAE é um Desfibrilhador Automático Externo e é um pequeno aparelho que se destina a dar choques elétricos em alguém que acabou de ter uma paragem cardíaca e, desta forma, procurar salvar-lhe a vida.

Em Portugal acontece a cerca de 10 000 pessoas por ano, ou seja, 1 em cada 1 000 portugueses padecem deste episódio súbito, o que lhes pode ser fatal.

Estes números estão dentro da média europeia.

Este aparelho DAE fica instalado na Praça da República, em Rio Maior, é o primeiro de outros que serão instalados em espaço público e está disponível a partir de hoje.

 

Quem pode usar e como?

Tem sido dada formação a várias pessoas e mais formação será dada, desde funcionários do Município, Agentes da GNR, dos Bombeiros e Cruz Vermelha, Escolas e, sobretudo, a qualquer cidadão que queira receber esta formação para que possa assistir alguém a qualquer momento.

Imaginando que uma pessoa tem uma paragem cardíaca próximo daquele aparelho, quem presenciar este episódio deve correr para o armário do aparelho DAE, abrir a porta e acionar o botão que se encontra no interior.

É feita uma chamada telefónica automática e um operador, do outro lado da linha, identifica a situação, abre uma outra porta transparente no interior do armário, desbloqueando o aparelho DAE, e avisa o Serviço 112.

Ao mesmo tempo, é emitida uma mensagem de telefone para todos os cidadãos que se encontrem registados na área daquele aparelho e que receberam a formação.

Quem estiver a menos de 10 minutos daquele local, deve dirigir-se para lá (a indicação da localização do doente é dada, com base nas informações recolhidas por quem abriu o armário) e prestar o apoio necessário, com o uso do DAE, conforme lhe foi ensinado na formação.

 

Todos os minutos contam

Se estiver a mais de 10 minutos de distância, não vale a pena deslocar-se, mas fica descansado porque imensas outras pessoas terão recebido a mensagem.

É que, nestes casos, quem sofre de uma paragem cardíaca deve ser assistido o quanto antes, de preferência até 5 minutos depois, sendo que a partir dos 20 minutos as lesões serão irreversíveis.

Por cada minuto que passa, a probabilidade de lesões graves aumenta 10%.

Com o coração parado falta o oxigénio nos órgãos, sendo o cérebro o mais afetado.

Antes da ação deste aparelho DAE, devem ser executadas manobras de reanimação da pessoa afetada, que passam pela respiração boca-a-boca e a pressão ritmada no peito da vítima para tentar manter ou trazer o coração ao funcionamento.

Quem explicou tudo isto foi Marco Castro, co-fundador da Ocean Medical, empresa de Porto Salvo, que instalou este equipamento em Rio Maior, contratada pelo Município.

     

Informe-se e inscreva-se

Se quiser receber esta formação e estar apto a ajudar num caso de paragem cardio-respiratória, com o auxílio deste e de outros equipamentos de desfibrilhação automática externa, que já se encontram instalados no interior de edifícios públicos, contacte os Serviços Municipais e informe-se.

Para inscrições, use: [email protected]

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