Rios do Oeste com represas para reter mais água

A Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA) lança projeto de criação de micro represas em todos os rios do Oeste para aproveitar mais água.

 

Micro represas para reter a água que flui para o mar

A APMA quer juntar agricultores e autarquias do Oeste na implementação de um projeto de gestão de água que transforme rios e ribeiras em zona húmidas permanentes através da construção de micro represas.

Denominado “Água para o Oeste”, o projeto visa aproveitar toda a água que possa existir e que se desperdiça, tirando partido dos rios e ribeiras.

A ideia é transformar estas linhas de água mortas, abandonadas e, por vezes, até maltratadas, em pontos húmidos e zonas húmidas permanentes.

Serão micro, pequenas e médias represas, garantindo que os caudais e os leitos dos rios e das ribeiras sejam zonas húmidas permanentes, de forma a reforçar os aquíferos de toda a região do Oeste, contrariando a desvantagem de o território não ter uma grande bacia de retenção de água.

A lógica é retardar a descida da água desde as nascentes até à foz, quando chove, fazendo mais infiltração e tirar partido do subsolo e armazenando mais água e recorrendo a técnicas hidrográficas, ambientais e ecológicas para criar centenas de pequenas infraestruturas naturais que retardem o curso da água.

 

Cada Município terá o seu Plano Hídrico

Isto vai implicar a elaboração de 12 planos hídricos municipais adequados à agricultura e às necessidades de cada um, nos 12 concelhos da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim).

Além das represas, o plano poderá ainda passar por fazer reservatórios para armazenamento de água e pela utilização de águas domésticas tratadas para regas.

Este empreendimento conta já com o apoio da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha e da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste, e foi hoje apresentado, em Alcobaça, a agricultores, técnicos, organizações de produtores, associações de agricultores, cooperativas, autarquias, empresas agrícolas e de serviços e outras organizações agrícolas.

A APMA pretende que estas entidades venham a aderir ao projeto e vai fazer mais duas apresentações públicas, devendo o projeto ser posteriormente apresentado a organismos nacionais ligados à gestão da água.

Ainda sem uma estimativa do investimento necessário, a APMA considera que o projeto poderá ser financiado ao abrigo dos mecanismos europeus de combate às alterações climáticas.

Este projeto abrangerá os municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

 

[Imagem: Cidadania RM]

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