O mês de março é especial para o setor dos transportes em Portugal. A TAP foi constituída a 14 de março de 1945, há 80 anos, a 9 de março de 1953 foi feita a viagem experimental com as novas automotoras FIAT, inaugurando assim o “comboio-foguete” entre Lisboa e Porto.
E o dia de hoje também. O dia 24 de março de 2001, há 24 anos, marca o final de uma era.
Às 16h15, aterrava em Lisboa o Boeing 737-300, com a matrícula CS-TIG, então pilotado pelo Comandante José Capela, tendo por co-piloto Vitor Soares Garcia.
Este seria o último voo comercial de um Boeing ao serviço da TAP. A partir dessa data a companhia nacional iria ter uma frota exclusivamente Airbus depois de ter operado quatro tipos de Boeing (707, 727, 747 e 737), desde 1966 e durante 35 anos.
Se a classe 737 foi famosa, os clássicos 747, os “jumbos” do ar, estiveram ao serviço entre 1972 e 1984, com 4 unidades e que tiveram um papel crucial em 1975 na “ponte aérea” com as ex-colónias.
Boeing 707 e 0s 747, com excesso de peso, com a capacidade de 350 passageiros mas com 420 a bordo, tripulação e pilotos com 26 horas consecutivas de trabalho, transportaram 300 mil pessoas em 84 dias, com a ajuda de outros países, de Moçambique, mas sobretudo Angola, para o aeroporto de Lisboa, que se viu transformado num autêntico campo de refugiados.
O primeiro Airbus de todos a chegar à companhia aérea nacional foi um A310 – 300, parte de um lote de 8 aviões, a partir de 1988, e vieram para ficar.
São 85 no dia de hoje, na marca TAP, ao que se somam os 19 Embraer (E-190 e E-195) na TAP Express, ex-Portugália.
[Imagem: Cmte. José Correia Guedes, TAP]