Um Alqueva no rio Tejo

Dois empresários de Alpiarça (Quinta da Lagoalva), Manuel e Miguel Campilho, lançaram “o Projeto Tejo” para reter água no rio Tejo.

Desenhado pelo especialista em hidráulica Jorge Froes, o projeto pretende irrigar 300 mil hectares de área agrícola na região do Vale do Tejo, península de Setúbal e Oeste.

E ainda com ligação ao vale do Liz com recurso a canais de superfície e condutas e um sistema de diques rebatíveis ao longo do Tejo.

Elaborado em 2019, na altura orçado em 4,5 mil milhões de euros, tem como objetivo reter parte da água do rio, reforçar a agricultura (triplicando a área atual de regadio), indústria e consumo humano.

Este megaprojeto aguarda o resultado de um estudo promovido pelo Ministério da Agricultura, que ficará concluído no primeiro semestre deste ano.

Chamado também “Alqueva do Tejo”, não prevê o alagamento de áreas, como acontece no Alentejo, mas somente a gestão da água e a navegabilidade do rio até Lisboa.

O dos principais objetivos é ter a mesma água de verão e de inverno, evitando que se escoe toda para o mar, como acontece hoje.

Para já, sai uma barragem a norte da região

Para já, as comunidades intermunicipais da região, onde se inclui a da Lezíria do Tejo (da qual faz parte Rio Maior), querem a construção da barragem do Alvito (Alvito da Beira, Proença a Nova) e com maior capacidade com que prevê o Governo.

E não compreendem a construção de um túnel a unir os rios Zêzere e Tejo, para transvases e nivelamento de águas. É caro e não rentabilizável.

Esta barragem tem a dimensão de metade da do Cabril, e as Comunidades Intermunicipais consideram que ela terá de ter, pelo menos, 1 000 a 2 000 hectómetros cúbicos.

Só assim será “uma reserva estratégica nacional com capacidade de caudal na gestão do rio Tejo”.

Esta barragem deverá ser construída a jusante da ribeira do Alvito (Ocreza), com a possibilidade de vir a reverter com a barragem de Pracana (no rio Ocreza, entre Mação e Vila Velha de Ródão).

Todo este plano inclui a elaboração de um plano para gestão de sedimentos no Tejo, a promoção de água residual tratada na região hidrográfica do Tejo e ribeiras do Oeste e a elaboração de um Pacto Regional para a Água.

[Imagem: agroportal]

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