Um negócio que cuida de nós
[por Daniela Nunes]
Cristina Paulino é farmacêutica e formou-se em 1996. Abriu a farmácia, primeiramente, noutra freguesia do concelho de Rio Maior, na vila da Marmeleira, mas, há 13 anos, mudou o seu negócio para a cidade.
Da vila para a cidade… porque deixou de haver escola e centro de saúde
Inicialmente, a farmácia Ferreira Paulino abriu portas na vila da Marmeleira. Durante alguns anos, Cristina Paulino, proprietária, não conseguiu transferir o seu negócio para a cidade de Rio Maior devido a limitações legais. Há 13 anos, após uma alteração da lei que permitia que as farmácias se deslocassem dentro do mesmo concelho, a farmacêutica decidiu abraçar a oportunidade de abrir o seu espaço na cidade. Na altura, como consequência de questões políticas, optou-se por centralizar serviços e, portanto, a vila onde antes estava estabelecida iria deixar de ter escola e centro de saúde. Tendo isso em conta, foi uma altura propícia a esta mudança de espaço, pois as pessoas deslocavam-se para a cidade para recorrer ao centro de saúde.
Segundo Cristina Paulino, “a afluência de pessoas nas farmácias é uma questão cíclica e também depende das condições atmosféricas, se houver mais gripes e constipações nota-se que vêm mais pessoas, pelo contrário existe a vinda normal das pessoas”. Contudo, é inevitável não destacar o pico que existiu durante a pandemia.
O comércio tradicional como equilíbrio social e na vida
Relativamente ao comércio tradicional, Cristina confessa que tem “um grande apreço”. Na sua opinião, “as pessoas não têm consciência do equilíbrio que o comércio tradicional cria na rede social e na nossa vida”. A farmacêutica relembra os tempos em que “a pessoa do talho ia ao vizinho da fruta e este ia à sapataria de cima”, havendo, dessa forma, um equilíbrio social que, aos seus olhos, “não tem sido acarinhado neste país”. Para além disso, a economia torna-se menos coesa na medida em que “80% ou 90% do nosso salário em vez de ser distribuído por 10, 15 ou 20 famílias, vão para duas famílias, os donos das grandes superfícies”, explica Cristina Paulino.
Ainda assim, a proprietária da farmácia Ferreira Paulino acredita que a reabilitação do centro de Rio Maior contribua de forma positiva para uma mudança neste quadro atual. Sugere ainda que poderíamos “contar com a imprensa local para divulgar condições e preços” dos pequenos negócios pois, por vezes, “existem melhores preços [no comércio local] do que nas grandes superfícies”, assegura a farmacêutica. “Eu tento manter o talho, os detergentes, as lembranças dos funcionários, porque não fico prejudicada em termos monetários e nem de qualidade”, admite.
A farmácia Ferreira Paulino está aberta das 09h00 às 20h30, de segunda a sábado, e no domingo das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Estão encerrados no dia de Natal, no dia de Ano Novo e no dia de Páscoa.
“O agradecimento vai primeiro para a equipa que permite servir bem as pessoas e depois para os clientes porque nenhuma porta sobrevive sem clientes. Agradeço por depositarem confiança em nós e por contarem connosco”, agradece a proprietária.
R. D. Afonso Henriques, nº131 A
Rio Maior
Contacto: 243 949 056
Uma Região que apoia o seu Comércio é uma rúbrica, publicada às 3ªs e 6ªs feiras, que dá a conhecer o comércio tradicional do concelho de Rio Maior.
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