Um quiosque da sorte
[por Daniela Nunes]
Já conhecido por todos os riomaiorenses, o Quiosque Jardim já existe há mais de 50 anos. Atualmente, tem como funcionárias Cidalina, Carlota e Daniela que revelam notar uma diminuição na adesão ao negócio com o passar dos anos.
“As pessoas todas querem sorte”
Cidalina Rodrigues Figueiredo já trabalha no quiosque do jardim há 22 anos e considera que a adesão por parte do público “já foi maior”. Relembra, também, o tempo em que tinham duas máquinas a funcionar e “a fila dava uma volta para baixo”. Além da mudança dos tempos, a funcionária considera que esta alteração deve-se, de igual forma, à concorrência que existe atualmente. Contudo, “é claro que tudo vem de acordo com a crise que estamos viver, porque sente-se em todo o lado, mas isto acaba por ser um jogo de sorte e as pessoas todas querem sorte, por isso, acaba por haver alguma adesão”, fundamenta Carlota. As funcionárias reconhecem que o negócio tem o seu ponto forte, a localização junto ao parque, e o seu ponto fraco, o facto de estar ao ar livre. “Isto demove as pessoas de virem aqui”, conclui uma das funcionárias.
Acabam por ser os estudantes a dar vida ao negócio
De forma geral, Carlota considera que o comércio de Rio Maior já teve melhores dias. “Se formos a ver, até mesmo a nível de Natal, não foi nada muito coeso. Não puxou ninguém para as montras, não puxou ninguém para o jardim, e acabamos por ter uma cidade que não atrai as pessoas para o comércio tradicional. Há que ter ideias e não focar tudo, por exemplo, nas Marinhas do Sal, o Natal foi todo lá”, considera. Hoje em dia, as funcionárias do quiosque sentem que quem dá vida ao negócio são os estudantes e que, quando estes se ausentam, sente-se logo a diferença.
Rendas e estacionamento afetam o comércio
Tendo em vista a mudança deste panorama atual, as comerciantes sugerem que se leve a cabo algumas medidas. No caso do quiosque, Carlota realça a necessidade de um estacionamento perto do comércio, “nós sabemos que hoje em dia as pessoas estão muito comodistas e, se não tivermos um espaço onde a pessoa possa estacionar ou não esteja sempre com medo de levar multa, o que acontece sistematicamente, as pessoas deixam de vir. Para nós, isso é muito prejudicial”, explica. A nível geral, as funcionárias recordam que existem muitas lojas fechadas que, com a implementação de rendas mais acessíveis, poderiam dinamizar o comércio tradicional de Rio Maior.
“Gostamos muito de vocês! Desejamos um bom ano e que no próximo ano continuem a visitar-nos e que nós continuemos aqui para atendê-los da melhor forma”, exclamam as funcionárias.
O quiosque do parque está aberto das 08h00 às 20h00 durante a semana e aos sábados das 08h00 às 18h00. Aos domingos está aberto apenas da parte da manhã.
Jardim Municipal, Parque 25 de Abril
Quiosque Jardim
Rio Maior
Uma Região que apoia o seu Comércio é uma rúbrica, publicada às 3ªs e 6ªs feiras, que dá a conhecer o comércio tradicional do concelho de Rio Maior.
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