Miguel Paulo e Susana Gaspar (PS) fizeram o percurso entre Azinheira e Rio Maior a pé, à semelhança de muitas outras pessoas que diariamente fazem o mesmo, ali e noutros pontos do Concelho.
Esta caminhada serviu para chamar a atenção da falta de transporte no Concelho e, sobretudo, durante o período de férias escolares onde são suprimidas carreiras e horários, deixando muitos munícipes sem uma hipótese viável de virem à sede de Concelho tratar de um documento, fazer análises médicas, ir às unidades de saúde ou, simplesmente, visitar alguém…
Sem bermas e falta de visibilidade adequada em certos pontos, com um risco elevado para os peões, é a única alternativa que existe e à qual se têm de sujeitar.
Mas hoje está-se a investir em “ciclovias” e a de Azinheira lá chegará um dia, talvez num percurso alternativo à estrada principal, como há já alguns anos se fala, mas onde “(…) não podemos dizer a uma pessoa que na falta de transporte para chegar a Rio Maior, venha a pé pela ciclovia já que o Município ali gastou 300 ou 400 mil euros dos seus cofres. As coisas não são assim, as pessoas têm direito a transporte para chegar à cidade e daí ao centro de saúde, por exemplo.”, segundo Miguel Paulo e Susana Gaspar.
São precisas medidas estruturadas de mobilidade que vão para além da mera visão lúdica e do exercício físico das ciclovias, garantindo a ligação eficaz das localidades e freguesias à sede do Concelho, pelo menos, com idas e retornos que permitam às pessoas tratar das suas vidas.
O transporte a pedido, onde as pessoas se inscrevem nas Juntas de Freguesia e depois são transportadas, o recurso a veículos ligeiros elétricos para estes percursos e para carreiras pontuais criadas nestes períodos de férias escolares, a complementaridade da rede de transportes fora deste período, tal como já acontece em muitos Municípios deste País, é uma necessidade de Rio Maior.