A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo adquiriu por 3,5 milhões de euros o imóvel onde está instalada há muitos anos a garagem de autocarros de Santarém.
O vendedor foi o Grupo Roques, cujo presidente José Manuel Roque faleceu em dezembro último, levando a uma necessária alteração ao contrato o que provocou o primeiro atraso no negócio.
O objetivo é instalar ali a sede da nova empresa intermunicipal de transportes, aprovada pelos 11 Municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), onde se insere Rio Maior.
Será a TLT – Transportes da Lezíria do Tejo.
Depois de algumas alterações Tribunal de Contas aprova
O Tribunal de Contas já tinha dado visto favorável à aquisição do terminal rodoviário de Santarém pela CIMLT, a 9 de abril, onde foram gastos fundos próprios e do Estado, vindos do Orçamento de Estado através do Programa de Incentivo ao Transporte Público Coletivo de Passageiros (Incentiva+TP).
Atualmente esta garagem está arrendada à Rodoviária do Tejo, que conjuntamente com a Ribatejana fornecem o serviço de transportes públicos na área da CIMLT, mas esta Comunidade decidiu avançar ela própria com a prestação deste serviço uma vez não ter chegado a acordo com aquela empresa privada para a continuação do contrato.
Quando tomou a decisão de adquirir o edifício onde há muitos anos funciona o terminal de autocarros em Santarém, planeou contrair um empréstimo bancário mas o Tribunal de Contas veio levantar questões na estrutura daquele negócio e a estratégia de aquisição teve de ser revista.
Uma nova deliberação por parte dos onze Municípios, que formam a CIMLT, teve de ser tomada e aí o Tribunal de Contas já deu visto ao negócio, ou seja, aprovou-o.
“Nova” frota e cerca de 150 motoristas
O avanço desta empresa TLT implica a compra de uma frota de autocarros, não necessariamente novos, mas sempre com uma idade não superior aos 10 anos, e a contratação de cerca de 150 motoristas, onde se espera que a maioria transite das atuais empresas rodoviárias privadas, para esta nova empresa pública.
Isto, na previsão de que as empresas privadas, a ficarem sem serviço, os tenham de dispensar. Caso estas queiram manter esses motoristas e deslocá-los para outras áreas geográficas onde tenham serviço, terá mesmo de haver lugar a novas contratações.
Este novo operador prevê entrar ao serviço no final deste ano de 2025.
Veja a nossa notícia de 28 de fevereiro de 2024:
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