A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) constitui a sua própria empresa de transportes públicos e vai passar a prestar este serviço.
TLT assume o serviço hoje prestado pela Rodoviária do Tejo e Ribatejana
Até aqui, um serviço que é prestado por uma Rodoviária do Tejo ou uma Ribatejana, na área geográfica que corresponde aos 11 Municípios que constituem esta Comunidade Intermunicipal, onde Rio Maior se incluiu, dentro de 2 anos passará a ser prestado pela Transportes da Lezíria do Tejo, EIM, SA (TLT).
Esta será uma empresa de capitais 100% públicos, propriedade e financiada pelos Municípios.
Num investimento global de cerca de 10 milhões de euros, esta nova empresa vai comprar autocarros, contratar motoristas e outros profissionais necessários, adquirir instalações e passar a disponibilizar o serviço de transporte à população.
Na base desta decisão está um desentendimento, entre a CIMLT e as empresas que efetuam hoje o transporte, quanto a valores a pagar pela concessão.
Municípios decidiram avançar com empresa própria
Em 2015 saiu a Lei 52/2015, de 9 de junho, que definiu os Municípios ou as Comunidades de Municípios como Autoridades de Transporte.
Assim ou constituíam uma empresa de transportes própria, ou contratavam uma prestação de serviços ou concessionavam o serviço.
Os Municípios passaram a sua responsabilidade para a CIMLT e a opção foi fazer bum Concurso Público para atribuir a concessão.
Ninguém concorreu, alegando as empresas que o preço pago era baixo e não garantia aquilo que a Lei definiu como o “lucro razoável”. Na prática, uma margem de lucro entre 10 e 12 %.
Vai daí, os 11 Municípios decidiram, por unanimidade, não mexer nos preços e não lançar novo concurso e avançam para uma empresa própria.
Os dados estão lançados e os primeiros passos já foram dados, com a CIMLT a pedir aos Municípios que avaliem o pedido de empréstimo de 3 milhões de euros para se comprar o conhecido Terminal Rodoviário de Santarém e aí ser instalada a sede desta nova empresa.
Terminal Rodoviário de Santarém será a sede da empresa e custa 3,5 M €
O Terminal, que é propriedade da família Roques, de Santarém, será adquirido por 3,5 milhões de euros, dos quais 500 mil euros são próprios da CIMLT e 3 milhões virão da Banca, e terão de ter o aval dos Municípios na parte que lhes compete, face à população que têm.
A Câmara de Rio Maior decidiu, por unanimidade, no passado dia 16, dar a sua aprovação ao empréstimo e assim assumir uma responsabilidade sobre cerca de 290 mil euros, a parte que lhe cabe.
Este novo operador de transportes deverá estar ao serviço no final de 2025.
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