Portugal vai atrasar os relógios uma hora na madrugada de domingo, dando início ao horário de inverno, de acordo com dados do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Na madrugada de domingo (30 de outubro) em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, às 02:00 os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando para a 01:00.
Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 01:00 da madrugada de domingo, passando para as 00:00.
A primeira vez que se alterou a hora foi na Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, com o intuito se de poupar carvão, e potencializar as horas de luz solar, poupando eletricidade.
Mas já Benjamin Franklin, em 1784, havia proposto que a hora mudasse entre Inverno e Verão para se aproveitar melhor a luz do dia.
Entre 1992, com Cavaco Silva primeiro-ministro, a nossa hora foi programada para ser igual à alemã e assim facilitar comunicações e negócios internacionais. A população não se adaptou, subiu o stress entre crianças em idade escolar e em 1996, já com António Guterres no cargo, voltamos à hora anterior.
O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva comunitária de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam adiantados no último domingo de março e atrasados no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.
Em março de 2019, o parlamento europeu aprovou, sob proposta da Comissão Europeia, o fim da mudança da hora nos Estados-Membros da União Europeia, defendendo a entrada em vigor da medida em 2021.
Contudo, a adoção da medida no espaço comunitário dependia de uma tomada de posição, que está por tomar, do Conselho da União Europeia, instância de decisão onde estão representados todos os Estados-Membros, e também dos países.
Segundo os peritos, que subscreveram a Declaração de Barcelona sobre Políticas do Tempo assinada em outubro de 2021 por mais de 70 instituições internacionais, as mudanças na hora legal “não têm efeitos significativos na poupança energética”, ao passo que a manutenção da mesma hora “melhora a saúde, a economia, a segurança e o meio ambiente”.
Para já, Portugal defende o atual regime, com uma hora de verão e com uma hora de inverno.