A Louis anda aí

Os dias estão a ser marcados por mais frio, chuva e alguma agitação marítima.

Esta descida das temperaturas é um trabalho da depressão Louis que é a responsável pela passagem vertiginosa de uma frente fria, em forma de massa de ar polar marítima, que está a afetar o nosso País e que veio de França, onde causa maiores estragos.

 

Chama-se Louis, e é uma depressão, formada em França, mas que veio da Islândia

Em comunicado, o IPMA adianta que esta mudança do estado do tempo “está associada ao enfraquecimento de um anticiclone que esteve localizado a oeste da Península Ibérica, permitindo a influência de uma vasta região depressionária centrada na região da Islândia, região essa com vários núcleos, a um dos quais está associada uma superfície frontal fria que afetará o continente nos próximos dias”.

O Instituto diz que um dos núcleos desta região depressionária, é a depressão Louis, nomeada na passada 4ª feira pela Meteo France (Serviço Meteorológico Francês), fenómeno que afeta principalmente a região noroeste de França.

Por cá, espera-se inclusive neve em várias serras, a Norte e Centro-Norte, acima dos 800 metros de altitude.

Por exemplo, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, este cenário invernoso prevê até 40 ou 50 centímetros de neve acumulada.

Outra das zonas onde se podem estender um manto branco durante estes dias é o eixo montanhoso Alvão-Marão-Montemuro, entre 6 e 10 centímetros, e até 12 centímetros na Cordilheira Central.

Vários distritos estão sob aviso amarelo e laranja, como é o caso de Leiria onde também se prevê forte agitação marítima.

 

O Aviso está no vermelho e desce para laranja no fim deste dia

De acordo com o IPMA, o aviso é vermelho (o mais grave de uma escala de três) até às 15h de hoje, sábado, nos distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra, Braga, Leiria e Lisboa, prolongando-se nestes dois últimos até às 18h.

Estes sete distritos vão passar depois, até as 7h de domingo, a aviso laranja.

Isto leva a que, nesta região mais próxima, as barras da Portinha da Ericeira e São Martinho do Porto estejam fechadas à navegação.

O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Para a região de Rio Maior, que parece passar um pouco ao lado deste cenário, está prevista a chuva até 2ª feira, inclusive, com probabilidades de 98 a 100%, mas com melhorias entre 3ª a 6ª feira.

As temperaturas continuam estáveis nos 14ºC a 15ºC, máxima, e um pouco mais fria a mínima, que andará entre os 6ºC e os 8ªC.

Como são escolhidos os nomes das tempestades e furacões?

Ora bem, tudo começou em 2017, quando em Portugal se começou a associar depressões atmosféricas a nomes masculinos ou femininos, para melhor as identificar.

A escolha dos nomes dados às tempestades, que afetam o nosso território, é resultado da cooperação entre os institutos de meteorologia de Portugal, Espanha e França, que constituem o grupo sudoeste da EUMETNET, a rede dos serviços meteorológicos da Europa.

Este grupo sudoeste (SW), onde está o IPMA, conta com os serviços meteorológicos de Espanha (AEMET), de França (Météo-France), da Bélgica (RMI) e do Luxemburgo (MeteoLux).

Estamos a falar de tempestades, porque para os ciclones que se formam no Oceano Atlântico, ou seja, furacões, existem seis colunas de nomes, cada uma representando um ano, com 21 nomes cada.

Os nomes seguem a ordem alfabética, excluindo as letras q, u, x, y e z, pois poucos nomes começam com essas letras, e no caso destes fenómenos atmosféricos a norma foi criada na década de 1950.

Atualmente, existe uma lista com 126 nomes de furacão que são repetidos em ciclos de seis anos, com os nomes a serem escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, na Suíça.

 

[Fonte e Imagens: IPMA; Meteored]

 

 

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