O presidente da CIMRL, Gonçalo Lopes, defendeu “medidas de compensação” devido à escolha de Alcochete para o futuro aeroporto internacional, decisão que prejudica bastante a Região.
Leiria defende medidas de compensação devido à mudança do aeroporto para a margem sul do Tejo, o que prejudica bastante as dinâmicas económicas, sociais e turísticas, segundo Gonçalo Lopes.
O Governo aprovou a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, denominado Aeroporto “Luís de Camões”, para substituir integralmente o Aeroporto Humberto Delgado.
O executivo também decidiu mandatar a Infraestruturas de Portugal (IP) para concluir os estudos da Terceira Travessia do Tejo e da ligação ferroviária de alta velocidade Lisboa-Madrid.
Leiria teme que a “sua” linha de alta velocidade atrase
A Comunidade de Leiria está preocupada com esta nova prioridade ferroviária. Temem que a linha de alta velocidade em Leiria possa sofrer atrasos ou ser comprometida, em vez de ser acelerada como solicitado.
Ainda, esta Comunidade de Municípios mostra-se preocupada com os planos de mobilidade que permitam aceder facilmente ao novo aeroporto.
Santarém tinha mais vantagens evidentes
Em junho de 2023, a CIMRL defendeu Santarém como a melhor opção para o futuro aeroporto internacional de Lisboa, considerando-a a proposta mais robusta.
Na sua opinião, além de “bastante mais económica”, também “traria vantagens evidentes para a Região Centro”.
Teme-se que os recursos financeiros afetos a este projeto (em Alcochete) possam condicionar propostas e investimentos futuros no país, que afetem a Região Centro.
Numa nota de imprensa, a CIMRL informou que o Governo decidiu localizar o novo aeroporto em Alcochete e priorizar a futura linha de alta velocidade (LAV) Lisboa-Madrid.
A CIMRL destacou que essas opções devem vir acompanhadas de projetos para reforçar a mobilidade da Região Centro do país em direção às novas infraestruturas.
Neste sentido, consequentemente, solicitou-se a antecipação da segunda fase do TGV Lisboa-Porto, que inclui o troço de ligação entre Soure, Leiria e Carregado. Se o novo Aeroporto Luís de Camões, no Campo de Tiro de Alcochete, entrar em funcionamento entre 2031 e 2034, a segunda fase do TGV deve estar concluída nesse período.
Adicionalmente, afirmam que é necessário concluir a ligação à LAV Lisboa-Madrid. Adicionalmente, essa conclusão é vital para garantir a eficiência do sistema de transporte.
A CIMRL vai solicitar uma reunião das comunidades intermunicipais da Região Centro com o Governo. Eles querem avaliar os impactos dessa decisão na coesão territorial e no desenvolvimento econômico.
A CIMRL integra os Municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
[Imagens: Região de Leiria]