Dizer-se que a autoestrada nº1 (A1) é uma opção e que os condutores podem fazer o mesmo caminho em vias secundárias de forma mais barata e alternativa é um discurso que já não se aplica nos dias de hoje.
As chamadas vias alternativas, como a estrada nacional que cruza Vila Franca de Xira, por exemplo, são hoje mais avenidas urbanas do que estradas normais e não são solução para o trânsito.
A partir deste conceito a A1 é uma via obrigatória e tem de ser encarada como tal, ao que se soma o estrangulamento em estradas regionais e municipais que urge resolver com uma ligação mais direta à A1, defendem vários autarcas no eixo Alcanena-Leiria.
Vila Franca de Xira quer mais 2 nós
Esta é a opinião de Fernando Ferreira, edil de Vila Franca de Xira, que propôs ao Ministério das Infraestruturas novos pontos para aceder ao seu Município, um deles a ficar em Caniços, entre Alverca e Santa Iria da Azóia, e outro no Sobralinho, entre Alverca e Vila Franca de Xira.
Note-se que Vila Franca de Xira já hoje tem o nó original e o de Alhandra, ao que somaria mais estes 2 novos que agora propõe.
Fernando Ferreira vê este tema como uma decisão do país, não tanto da Brisa, embora admita que sem renegociar o contrato não será possível avançar e sugere ainda mais: ver deslocada a praça de portagem de Alverca para Castanheira do Ribatejo, o que colocaria a autoestrada A1 sem cobrança de portagem em toda a extensão entre Vila Franca e Lisboa.
Alcanena propôs transformar área de descanso em nó de ligação
Já Alcanena quer transformar a Área de Descanso de Fátima, ao kM 105 e encerrada há já algum tempo, num nó de ligação das estradas regionais à A1.
Esta estrutura serviu durante décadas para paragem intermédia entre as áreas de serviço de Leiria e de Santarém, mas está encerrada, com rails contínuos a inviabilizar qualquer acesso.
A Brisa, não descarta a solução para aquela área de Descanso e está disponível para, com o devido enquadramento, estudar a viabilidade técnica de um novo nó de ligação à A1 e foi o que transmitiu a Rui Anastácio, Presidente da Câmara de Alcanena.
Porto de Mós pensa em si, em Fátima, na Nazaré e Tomar
Vamos para Porto de Mós, e a lógica é intercetar o IC9 na A1, beneficiando também Nazaré e Tomar. Aqui já está em curso um estudo de tráfego para avaliar a solução e foi o que Jorge Vala, Presidente de Porto de Mós, propôs ao Ministério das Infraestruturas.
Ou isto, ou criar um outro nó para a A1, num ponto de interceção existente entre o IC9 e a A1, em Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, ao km 120 da A1.
Leiria e Alvaiázere apoiam também uma destas estratégias.
Contas feitas, há uma boa dúzia de Municípios entre Leiria e Vila Franca de Xira, ligados direta ou indiretamente à A1 que olham para ela com olhos desafiantes.
O caso do Cartaxo há quase 20 anos
Bem próximo de nós, o Cartaxo correu atrás do “seu” nó de ligação à A1, a norte do Concelho, durante mais de 20 anos e viu a Brisa e o Estado satisfazer-lhe essa vontade a 8 de novembro de 2005, passam agora breve 19 anos da sua inauguração.
Demorou 7 meses a construir, custou 7,4 milhões de euros e o Município do Cartaxo contribuiu com 20%, cerca de 1,5 milhões de euros.
Não sendo de agora a pretensão destas novas 4 ligações, quando verão a luz do dia, se chegarem a ver?
[Imagens: BRISA, allaboutportugal, TPF, google]