Casa Pia: época 2023/2024 rendeu 667 mil

Jogos do Casa Pia injetam 667 mil euros na economia local, depois de um investimento de mais de 882 mil euros, 372 mil dos quais da DESMOR.

Denominado “Impacto Económico de Eventos Desportivos em Rio Maior”, este estudo analisou a época de 2023/2024 do Casa Pia, em Rio Maior, e foi apresentado no Auditório do Centro de Estágios (Dr. Albino Maria) a 22 de janeiro.

Foram 17 jogos “em casa” que o Casa Pia realizou, no Estádio Municipal de Rio Maior, inserido no Parque Desportivo Municipal Dr. Silvino Sequeira, na Liga Portugal 1 – Betclic.

Com uma média de ocupação do estádio de 38%, os jogos mais vistos foram os jogados com o Sporting e o Benfica, com 99% dos lugares ocupados, seguidos pelo SC Braga e Vitória SC, com 59,5% e 54,9%, respetivamente.

Os inquéritos foram feitos a espetadores escolhidos por entre o público dos jogos, onde foram apuradas 1 091 respostas válidas, do total de 45 173 espetadores que assistiram aos jogos, entre setembro de 2023 e maio de 2024.

     

O perfil do espetador de futebol em Rio Maior

72,7% são homens, 47,7% são de Rio Maior (Concelho), onde 73,2% não são sócios de nenhum clube que jogou com o Casa Pia, ou do próprio Casa Pia, 82,9% vieram acompanhados de alguém e 35,5% tem entre 20 e 29 anos.

Os solteiros foram 44,2% e os casados 35,5%. Caso para dizer que no jogo “solteiros contra casados”, ganharam os solteiros.

Ainda, 60,6% trabalham e 48,5% têm entre o 11º e 12º ano de escolaridade.

Os Inquéritos foram feitos à volta do Estádio, em dias de jogos, baseados num projeto britânico (Reino Unido), de 2013, denominado “EventIMPACTS”.

Avaliaram-se os gastos diretos dos espetadores, em Rio Maior, no alojamento, refeições e bebidas, compras de produtos locais (o que inclui o cachecol da equipa e merchandising), transporte, estacionamento e combustível.

O impacto económico direto foi de 667 435,56 euros, onde cada um gastou cá, em média, 22,45 euros.

Apenas 5,2% dos adeptos do futebol, fora do Concelho, ficaram alojados fora da sua casa, sendo que 2,4% pernoitaram mesmo em Rio Maior.

 

Refeições, bebidas e combustíveis levam fatia de leão

O maior impacto (53,1%) no dinheiro gasto, aconteceu nas refeições e bebidas, seguido dos combustíveis (32%).

São mais de 354 mil euros gastos em refeições e bebidas e quase 214 mil euros em combustível.

 

A época custou 882 mil euros

882 532,81 euros foi a verba necessária para que estes 17 jogos pudessem acontecer, dos quais 372 428,81 euros saíram dos cofres da DESMOR (45,3%), a empresa Municipal que gere as instalações desportivas.

A empresa DESMOR realizou um investimento e um gasto médio de 21 907,58 euros, por jogo realizado.

A relação entre os investimentos e gastos realizados por esta empresa municipal e o impacto económico direto do evento, apura que por cada 1,00 euro gasto, gerou-se um impacto de 1,79 euros.

O Estudo foi coordenado por Alfredo Silva, Doutorado em Gestão, Subcoordenador do Curso de Licenciatura em Gestão das Organizações Desportivas, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.

Este documento será brevemente publicado em livro, ficando assim disponível a público.

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