João Almeida acabou de participar na La Vuelta, em Espanha, uma prova com 21 etapas, percorridas em 3 153,8 kMs, desde 26 de agosto a 17 de setembro e arrecada cerca de 28 mil euros.
Com esta prova reforça o estatuto de 2º português com mais top 10 em grandes Voltas.
O Ciclista português da UAE Emirates ficou sempre entre os 10 melhores nas grandes provas que concluiu e terminou esta Vuelta em 9º lugar.
É, ainda, Joaquim Agostinho que permanece inalcançável, já que esteve 11 vezes entre os 10 melhores das três principais corridas do calendário velocipédico mundial.
O ciclista da UAE Emirates, de 25 anos, conseguiu um 9º lugar, a sua pior classificação nas cinco grandes Voltas que concluiu. Desistiu da Volta a Itália em 2022.
Esta época, João Almeida juntou o 9º posto na Vuelta ao 3º no Giro, no qual se tornou no primeiro corredor nacional a subir ao pódio final, atrás do esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) e do britânico Geraint Thomas (INEOS), e conquistou a Camisola da Juventude.
João Almeida, natural de A-do-Francos (Caldas da Rainha) havia desistido da volta a Itália em 2022, quando seguia no 4º lugar, após o diagnóstico de COVID-19.
Mas foi em Itália, mas em 2020, que escreveu das mais bonitas páginas da sua carreira, já que foi também quarto, quando se estreou em grandes Voltas, depois de 15 dias como líder da geral, e 6º no ano seguinte.
No ano passado, João Almeida reformulou objetivos e rumou à Vuelta, terminando em 5º, depois de ter colaborado para levar ao 3º lugar o seu jovem colega espanhol Juan Ayuso.
Poucos poderão orgulhar-se de um registo desta natureza em provas longas, já que o ciclista da UAE Emirates ficou sempre entre os 10 melhores nas grandes que concluiu.
Mas, quanto valem estas conquistas?
João Almeida, melhor português da geral, recebeu 6 000 euros pelo seu 9º lugar, mais 2 000 euros pelo 3º lugar de melhor jovem e divide o “bolo” da Equipa UAE Emirates, totalizando 13 390€, a nível individual e mais 15 000 euros que a Equipa lhe distribui.
Rui Costa, natural da Póvoa do Varzim, e integrado na Equipa Intermarché-Circus-Wanty, que também marcou presença na Vuelta, recebeu menos 230 euros, o total de 13 160€. Ganhou a 15ª Etapa da Vuelta, entre Pamplona e Lekunberri, onde só aqui lhe rendeu 11 000 euros.
Os melhores portugueses totalizaram ambos um valor acima dos 13 mil euros, cada um, na Vuelta espanhola, mas de um “bolo” das equipas que rendeu seis vezes mais na UAE Emirates (de João Almeida), do que na Intermarché-Circus-Wanty (de Rui Costa).
Com o norte-americano Sepp Kuss a conquistar a 78.ª Volta a Espanha, na qual o português João Almeida foi 9º, a Equipa Jumbo-Visma é a primeira na história do ciclismo a vencer as três grandes Voltas na mesma época, e foi a 1ª na classificação desta Vuelta.
Somam-se a este 1º lugar de Sepp Kuss, os de Jonas Vingegaard e Primoz Roglic, e vencer cinco das 21 etapas, e assim a Jumbo-Visma totalizou 365 mil euros em prémios na Volta a Espanha, mais do triplo das restantes equipas mais bem pagas, Soudal-Quick Step (99 mil euros) e UAE Emirates (95,5 mil).
Esta, dentro do princípio de repartir o prémio por nove (oito ciclistas e staff), dará cheques de 15 mil euros a João Almeida e a Rui Oliveira (outro português nesta Equipa UAE Emirates).
Rui Costa, depois do bolo repartido, e porque a sua Intermarché-Circus-Wanty é mais modesta, recebe da Equipa um cheque de apenas 2 400 euros.
Embolsando 1,33 milhões no total das três Grandes Voltas, a Jumbo-Visma dará um somatório de 148 mil euros a Sepp Kuss.
Se a Jumbo-Visma foi a 1ª na Classificação por equipas, a UAE Emirates, de João Almeida, foi a 4ª e a Intermarché-Circus-Wanty ocupou um modesto 20º lugar.
[fonte e imagem: UAE Team Emirate, O Jogo]