Clube 2CV Portugal andou por Rio Maior

     

Rio Maior recebeu a 2ª edição do Encontro 2CV – Vindimas 23.

O Clube 2CV/Dyane de Portugal veio ao encontro da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Alfouvés (na União de Freguesias de Malaqueijo e Azambujeira – Rio Maior) e passeou as belas máquinas por montes e vales daquelas paragens.

Com início em Alfouvés, esteve em vários locais de Rio Maior, como Vila da Marmeleira, Assentiz, Ribeira de São João e São João da Ribeira.

Os “domadores” destes 2CV (e Dyane) foram ao Museu da Miniatura Automóvel (em Assentiz), provaram os Vinhos Victor Manuel, em Casais da Atágueda (São João da Ribeira) e terminaram num almoço na Sede da Associação de Alfouvés.

Rogério Pereira lidera o Clube desde março

[Rogério Pereira, Presidente Clube 2 CV]

O Clube tem sede na Amadora e é o mais antigo Clube Automóvel dedicado a um único modelo, existente em Portugal.

Rogério Pereira (RP) é Presidente da Direção do Clube 2CV/Dyane Portugal, desde março deste ano, e Região de Rio Maior (RRM) falou com ele:

RRM: Há quanto tempo temos Clube 2CV/Dyane em Portugal?

RP: Temos Clube há 41 anos. Comemoramos o 41º aniversário em abril deste ano, em São Pedro de Moel.

RRM: O que é que vos motiva a estar no Clube. Foi o vosso 1º carro, é uma paixão, uma moda …?

RP: É uma paixão (e no meu caso) desde muito jovem… não tem de ser o 1º carro (por mim falo, tenho o 2 CV há 7 anos…) é um sentimento de estima e de gosto.

RRM: O que é o Clube em Portugal. Quantas pessoas envolve, quantos pólos, que atividades têm?

RP: O Clube envolve cerca de 900 sócios, de norte a sul de Portugal. As atividades são frequentes e assentam em meia-dúzia de “âncoras” anuais: desde logo, as mais icónicas, a comemoração do seu aniversário, as vindimas (de que esta vinda a Rio Maior é exemplo), e a ida ao leitão a Negrais.

Este ano faremos também um grande evento para comemorar 2 factos: os 75 anos do 2 CV – este modelo teve início de produção em 1948 e em Portugal produziu-se até 1990 [o último 2CV foi feito em Mangualde, em 27 de julho de 1990], com 5 000 automóveis destes ali produzidos, em Arganil.

E conjuntamente, neste evento, faremos o 7º encontro nacional de Clubes 2CV. Fazemos isto de 2 em 2 anos, mas devido à pandemia passaram mais anos, o último foi em 2019. Será em outubro, e estaremos em Arganil.

RRM: Como se organiza o Clube a nível nacional?

RP: Há vários Clubes regionais e depois há este Clube Nacional.

RRM: Continua a ser o carro mais confortável do mundo?

RP: Sem dúvida. Sinceramente, eu acho que sim. As lombas que vemos na estrada não se sentem (risos).

RRM: Hoje em dia olhamos para uma Peugeot-Citroen, num Grupo Stellantis que agrega mais marcas, gerida por um português Carlos Tavares… o que é o futuro de um 2 CV?

RP: O futuro é risonho, mesmo assim a Citroen tem vindo a subir em vendas e qualidade dos modelos. E o clássico 2CV é de sempre…

RRM: Mas esperam um 2CV elétrico um destes dias, por exemplo? E se vier, o Clube está aberto a recebê-los?

RP: Ainda não existem, mas quando existirem teremos de pensar nisso. Vamos ver…

RRM: E Rio Maior, é a 2ª vez que cá estão, o que vos traz cá?

RP: Da 1ª vez foi a curiosidade e o que nos tinham descrito, gostámos muito da experiência e por isso voltamos.

As paisagens, as pessoas, o percurso, os sabores, é um prazer e uma satisfação estar cá e a Organização está de parabéns por este Evento que, para nós, engrandece a imagem icónica dos 2CV.

     

[Citroen 2 CV, 1956 – propriedade de Luís Rosa, Presidente do Conselho Fiscal. O 2CV mais antigo presente, com o pormenor do pára-choques ainda em madeira]

[Este modelo está equipado com sapatilhas… para um encontro mais suave!]

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