Crónicas com cultura, de João de Castro – Entrevista

Tal como noticiamos, João de Castro lançou um, de seu título “Crónicas com cultura”, que reúne muitos dos seus artigos publicados no semanário Região de Rio Maior, desde 2003, e também outros artigos publicados em Coimbra, no semanário Campeão da Província.

Naquele que considera “um legado a Rio Maior, que o viu nascer, e aos seus conterrâneos, que muito estima”, partilha também opiniões e dá contributos para a Cultura, que considera “um factor estratégico de desenvolvimento”.

 

Numa breve entrevista a propósito do lançamento deste livro, Região de Rio Maior (RRM) foi ouvir João de Castro (JC):

 

RRM: Escolheu 1º o jornal e só agora o Livro. Porque não ao contrário?

JC: Um jornal é um bem cultural que qualquer povoação deve ter em atividade. Salvo melhor opinião, Rio Maior como município sempre teve em circulação um orgão de comunicação social, com pequenos intervalos, desde a 1ª República, senão antes, nos fins da Monarquia Constitucional.

E é através dele que um Povo se comunica.

RRM: A maioria dos jornais, também os locais, são online, isso importa na sociedade… na cultura de que fala no seu livro?

JC: É urgente a existência de um semanário impresso na cidade de Rio Maior que muito iria contribuir para o desenvolvimento cultural das suas gentes. É preciso dar futuro a um município cuja oferta cultural é escassa e pouco diversificada, cobrindo todas as áreas do saber e todas as faixas etárias.

RRM: Quando se aposentou regressou a Rio Maior. Sentiu necessidade de “bolir” com o meio local?

JC: Terminando o meu contrato laboral com o Estado em 2003, regressei à minha terra natal e decidi contribuir, modestamente, para o desenvolvimento cultural de Rio Maior e seus temas. Comecei através de artigos publicados no semanário Região de Rio Maior, abordando assuntos locais e regionais.

Para além do meu enriquecimento cultural, tinha intenção de envolver os meus conterrâneos. É possível que alguns tivessem ficado satisfeitos com esta pequena oferta cultural.

RRM: Porquê agora, o momento desta publicação?

JC: Passados 20 anos, e parafraseando o Professor António Galopim de Carvalho, na sua última entrevista a um jornal de cobertura nacional, em que diz, aos 92 anos, que está “a descer os últimos degraus”, resolvi publicar num livro os artigos por mim elaborados naquele semanário a que dei o nome “Crónicas com cultura”.

RRM: Como será feita, nesta 1ª fase, a distribuição deste livro. Como chega às pessoas?

JC: Para além da entrega na Biblioteca Nacional dos exemplares que a Lei obriga, já foram enviados também para a Biblioteca Municipal de Rio Maior, para consulta e leitura, e brevemente para as Bibliotecas de Santarém, Caldas da Rainha, Alcobaça e Nazaré.

Estou a equacionar a distribuição às Bibliotecas das Escolas de Rio Maior e Juntas de Freguesia da área do Município.

RRM: Este livro também são memórias suas?

JC: Acima de tudo considero esta iniciativa como um legado a Rio Maior, que me viu nascer, e aos meus conterrâneos que muito estimo.

RRM:  Crónicas com cultura… a cultura é determinante?

JC: Jamais nos devemos esquecer que a Cultura é um factor estratégico de desenvolvimento.

 

Biografia:

João Pulquério Antunes de Castro nasceu no início da tarde do dia 23 de março de 1943, no 1º andar na Rua Serpa Pinto, nº 23, em Rio Maior.

Frequentou o ensino primário e o ensino secundário, até ao 2º ciclo, em Rio Maior, e o 3º ciclo no Liceu Nacional de Santarém.

Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, no dia 4 de abril de 1974.

Exerceu funções de Subdelegado do Procurador da República na Comarca de Rio Maior (1974) e de Delegado do Procurador da República na Comarca da Marinha Grande (1974 – 1975).

A partir de 1975, e até 1984, foi Diretor da Prisão-Escola de Leiria (atual Estabelecimento Prisional de Leiria).

De 1984 a 1987, foi Diretor da Penitenciária de Lisboa (atual Estabelecimento Prisional de Lisboa).

De 1988 a 1995, foi Diretor de Serviços na Direção-Geral de Informática do Ministério da Justiça.

De 1995 a 2002, foi Diretor da Penitenciária de Coimbra (atual Estabelecimento Prisional de Coimbra), donde se aposentou da função pública.

A partir de 2006, já de regresso a Rio Maior e como voluntário foi, sucessivamente, vice-Provedor, Provedor e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior.

Os seus textos publicados nos semanários Campeão da Província, de Coimbra, e Região de Rio Maior, em Rio Maior, iniciam-se em 2002.

É irmão de Armando de Castro e filho de Francisco Castro, que durante décadas atendeu os seus clientes atrás do balcão da famosa “Casa Castro”, em Rio Maior.

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