CTI admite aeroporto em Santarém, mas…

A Comissão Técnica e Independente (CTI), que avaliou as localizações do novo aeroporto, entregou ontem a sua versão final do Relatório que contém as conclusões dessa avaliação.

Alcochete mantêm-se como sendo a solução com mais vantagens, mas Santarém já passa a ser também uma opção. Mas sempre a coexistir com o atual Humberto Delgado.

 

Montijo não, Santarém sim, mas…

Aliás, se há diferenças de fundo com a versão preliminar, elas são o afastamento definitivo do Montijo, seja como aeroporto único, seja como dual (a coexistir com o atual), e a “integração” de Santarém na equação, mas apenas na forma dual.

A CTI não vê hipótese de expansão futura de tráfego sobre os céus de Santarém e, portanto, precisaria sempre de estar comutado com Lisboa.

 

Não pagar indemnização à ANA e capital privado joga a favor

Como principais vantagens, Santarém mostra a sua localização fora da área de exclusividade da ANA/VINCI, o que não obriga a indemnizações, e joga com o trunfo do financiamento privado.

O facto de reforçar a coesão territorial (permitia aproveitar ao máximo todas as características e fatores potenciais desta região do País) também joga a seu favor.

A promotora do projeto em Santarém, Magellan 500, foi muito crítica em relação ao relatório preliminar, apontando vários problemas na avaliação.

Uma das questões apontadas foi a de não ter sido analisada a existência de uma infraestrutura fora da concessão da ANA, que permitiria introduzir concorrência e baixar as taxas aeroportuárias.

A Magellan 500, liderada por Carlos Brazão, considera ainda que é possível resolver o conflito de espaço aéreo com a base aérea de Monte Real, tendo já reunido com a NAV que assentiu na possibilidade de alterações pontuais que resolvem os constrangimentos.

 

A 22 de março sai a público a versão final do Relatório

A CTI entregou ontem o Relatório Final ao Governo e vai fazer chegar uma cópia, também, a Carlos Mineiro Aires, que preside à Comissão de Acompanhamento.

Está prevista para 22 de março a emissão do seu parecer, seguindo-se a publicação do Relatório.

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