Já a partir de amanhã a imposição de uma crista anticiclónica entre o Golfo da Biscaia e o arquipélago da Madeira dará origem a uma circulação que trará em altitude uma massa de ar com origem no Norte de África, favorável a uma situação meteorológica de tempo quente, seco e estável.
Isto é o que nos diz o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e que nos avisa para o tempo quente que aí vem, e para ficar.
Subida da temperatura, a sul serão mais de 40ºC
Teremos uma subida da temperatura a partir de amanhã, em especial da máxima, sendo de esperar valores acima de 30°C na generalidade do território, com exceção de alguns locais na costa ocidental, e valores entre os 35 e 40°C no interior, em especial na região Sul onde deverão ser ultrapassados os 40°C.
A temperatura mínima também vai subir, sendo previstas noites tropicais (mínimas acima de 20°C) em vários locais do Centro e Sul, com destaque para a região do Sotavento Algarvio onde as mínimas poderão mesmo ser próximas de 25°C.
A partir de 23 de junho, 6ª feira, na região sul, as temperaturas máximas terão uma subida generalizada de 4 a 7°C.
Vão ser lançados avisos de tempo quente e informadas as pessoas dos cuidados a ter.
No sábado, dia 24, e persistem os valores elevados de temperatura, e nos dias seguintes, em praticamente todo o continente.
Assim, espera-se uma onda de calor no final do mês de junho, de modo que se aconselha a seguir as orientações da Direção Geral de Saúde (DGS) para situações de tempo quente.
O vento soprará geralmente fraco a moderado, predominando do quadrante norte, soprando por vezes forte no litoral a partir da tarde devido ao reforço do efeito de brisa.
A região de Rio Maior atravessa hoje um quadro de chuva mas na próxima 6ª feira e sábado estará mesmo sob aviso amarelo para o calor, com as temperaturas máximas a chegar aos 35ºC.
Na 1ª imagem, onde a região de Rio Maior está assinalada a vermelho, o fundo azul indica a total ausência de nuvens, tendo sido “varridas” pelos ventos gerados na crista anticiclónica.
Cuidado com os incêndios rurais
Estas condições meteorológicas, associadas também a valores baixos da humidade relativa do ar, resultarão igualmente num aumento significativo do Perigo de Incêndio Rural (PIR), com diversos concelhos do interior Norte e Centro, bem como na região Sul, a serem classificados com valores de PIR máximo ou muito elevado, com implicações na restrição ao uso do fogo e das atividades permitidas em meio rural.
Rio Maior e concelhos limítrofes mantêm, para já, o risco reduzido de incêndio, sendo só Alcanena a ter risco moderado nas proximidades.
E cuidado com a radiação ultravioleta
Acrescenta-se também que em condições de céu pouco nublado ou limpo nesta época do ano, muito próxima ao solstício de verão, o índice de radiação ultravioleta irá atingir valores muito elevados.
[imagens: Windy, IPMA]