Faroleiros fazem anos, mas estão de “luto pessoal”

Hoje assinala-se o Dia do Faroleiro, uma profissão centenária.

Foi a 1 de fevereiro de 1758 que no seio do Estado Português, pela mão do antigo Secretário de Estado do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e Conde de Oeiras, foi dada a ordem de construção de um conjunto de Faróis.

Há 266 anos, portanto, é dada à estampa um Alvará que determina a construção de vários faróis, ao longo da costa portuguesa e a cargo do Reino e guarnecidos por “Guardas de Pharol”, oficializando assim os faróis e os seus trabalhadores, os Faroleiros.

Assim, o Marquês de Pombal é considerado o Patrono dos Faroleiros.

Mas, em dia de protesto dos Agricultores, os Faroleiros alegam também não ter razões para sorrir.

Numa nota distribuída à imprensa, pode ler-se que “é com mágoa que esta Direcção Nacional vê que nada foi feito por parte do Ministério da Defesa Nacional” quanto à situação e carreira destes profissionais.

Este é o lamento da Direção da Associação Socioprofissional dos Faroleiros (ASPFA) que reivindicam a falta de legislação adequada ao seu Estatuto, a falta de pessoal, a discriminação em relação a outros militarizados, sem progressão na carreira e penalizados nas suas pensões de reforma.

Embora um dia de festa, os faroleiros afirmam-se assim em “luto pessoal”, pelo estado a que chegou a profissão, e acusam o Ministério da Defesa de não atender às suas propostas de há anos.

A ASFPA agrupa os profissionais Faroleiros, onde se incluem Faroleiros e Faroleiros Técnicos, civis, e defende também aqueles que integram o Quadro de Pessoal Militarizado da Marinha.

     

 

[Imagens: ASPFA, Museu de Lisboa]

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