Faroleiros não sabem para onde vão trabalhar

A Associação Socioprofissional dos Faroleiros (ASPFA) mandou às redações uma Nota de Imprensa a mostrar a sua preocupação com o “movimento” dos Faroleiros.

É que por esta altura, outubro, ainda há Faroleiros (e as suas famílias) à espera de saber se vão, e para onde vão, para o novo posto de trabalho, isto é, para que Farol na imensa costa portuguesa.

Segundo esta Associação o processo está quase todo por fazer, quando deveria ter sido concluído no início do verão, de preferência antes de definido o ano escolar.

Há Faroleiros que se fazem acompanhar da família e levam crianças em idade escolar.

Lê-se: “Numa profissão em que a transferência periódica é algo comum e que existe há inúmeras décadas, é triste constatar a falta de capacidade (ou de vontade) para, atempadamente, preparar e promover os destacamentos dos faroleiros (e do seu agregado familiar, muitas vezes, com crianças em idade escolar).”

Erros e falta de concursos para admissão de pessoal

Estes atrasos serão devidos a “erros de palmatória por parte de quem tem a responsabilidade de gerir esses movimentos e de quem deve administrar superiormente esses “movimentadores”.

Em parte, o atraso também se deve “à falta de autorização (desde 2018) para a abertura de concurso para admissão de profissionais para a profissão de Faroleiro e de Faroleiro-Técnico (bem como para os outros grupos do Quadro de Pessoal da Marinha)”.

Estes profissionais dizem-se “cansados”, assistindo ao esvaziamento dos Quadros a cada vez que um deles “parte (por aposentação, mobilidade ou falecimento)”, obrigando a esforços redobrados para gestão do serviço.

“Haverá infelizmente um dia em que não conseguiremos acompanhar o passo às exigências da missão que nos está atribuída”, afirmam.

Apelam desta feita a uma abertura urgente de concursos para a entrada de novos profissionais e, para já, saberem ao menos onde irão ser colocados ao serviço, os que estão no ativo.

 

[imagem: Farol do Cabo Carvoeiro, Peniche – ASPFA]

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