Hospital do Oeste: Caldas entrega estudo

     

A Câmara das Caldas da Rainha entregou ao Governo um estudo-técnico.

Ali se defende que a escolha da localização do Novo Hospital do Oeste deve envolver, além do Ministério da Saúde, os da Coesão Territorial e da Economia.

Este Parecer Técnico-Científico sobre as metodologias a adotar na definição da localização do Novo Centro Hospitalar do Oeste considera “indispensável” que o Ministério da Coesão Territorial, o Ministério da Economia, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) e a Autoridade de Gestão do Programa Regional do Centro 2021-2027 “participem no processo de tomada de decisão da escolha de localização”.

A localização da nova unidade está a ser estudada por um grupo de trabalho criado pelo Governo e que deveria apresentar conclusões até ao final de março.

A decisão está a ser avaliada com base num estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) e que apontou o concelho do Bombarral como a melhor localização para a construção do novo hospital.

As Câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos, que contestam esta conclusão, entregaram na terça-feira ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, um parecer técnico que defende que “a localização seja acompanhada de medidas de mitigação dos impactes sociais e económicos, que deverão ser devidamente enquadrados nos instrumentos de financiamento da Política de Coesão para o período 2021-2027 e pós 2030”.

O Parecer agora entregue pede que haja uma concertação com a OesteCIM, a identificação de medidas de mitigação e reparação a implementar nos centros urbanos afetados, bem como dos recursos financeiros que as viabilizam”.

O documento, elaborado pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), recomenda uma “avaliação multicritério” das várias opções de localização, tal como tem sido defendido pelas duas autarquias que contestam o estudo da OesteCIM, por considerarem, entre outras questões, que prioriza os critérios de distância e tempo na acessibilidade de todos os concelhos ao futuro hospital.

Ainda segundo o Parecer, esta avaliação deve ser antecedida da identificação dos centros urbanos “que reúnem condições para acolher uma unidade hospitalar de âmbito regional”, realizada pela CCDRLVT.

O parecer foi enviado ao Ministério da Saúde e entregue à coordenadora do grupo de trabalho, a antiga ministra da Saúde Ana Jorge.

E Rio Maior?

Embora Rio Maior raramente seja referido nos meios de comunicação nacionais a este propósito e não tenha ali vindo a ser associado a esta causa, contestou o facto de não ter sido ouvido no estudo realizado pela OesteCIM.

Participou ainda no debate organizado em Caldas da Rainha a propósito do tema a 11 de fevereiro, e defende a localização de Caldas da Rainha.

Já em julho de 2022 havia sido aprovada uma posição sobre esta questão na Câmara Municipal, por unanimidade, tal como a Assembleia Municipal, a 25 de fevereiro último, se pronunciou no mesmo sentido.

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