Novo Hospital no Bombarral ou Torres Vedras: Caldas contesta

A OesteCIM, a Comunidade InterMunicipal que agrupa os Municípios do Oeste, encomendou um estudo à Universidade Nova de Lisboa, cujo resultado se conheceu hoje, para se saber onde deve ficar o Novo Hospital do Oeste, a quem deve servir e que especialidades deve disponibilizar aos utentes.

Bombarral ou Torres Vedras são os locais com maior potencialidade para vir a receber este Hospital, com 446 a 625 camas de internamento, 32 especialidades na consulta externa, 15 especialidades no internamento, um hospital de dia e alargar as urgências à psiquiatria.

Quem não concorda com isto é Caldas da Rainha. Argumentam que existem outros fatores que não foram tidos em conta neste estudo, para definir a localização do Novo Hospital, desde logo a conjugação de um epicentro com as devidas condições para acessos de utentes e profissionais de saúde e a sua habitação, com condições familiares para o efeito, e que as Caldas pode oferecer.

E o que fazer com os Hospitais de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras que estão hoje ao serviço? Transformá-los em Unidades de Cuidados Continuados Integrados, para reduzir a ocupação de camas e resolver casos sociais de difícil resposta, sendo que no caso de Torres Vedras a solução pode passar por entregar os imóveis ao proprietário, já que o espaço é arrendado.

Com a construção e esta adaptação na forma de prestar cuidados médicos e de assistência à população o estudo prevê que se possam poupar cerca de 237 milhões de euros por ano.

Cirurgia Plástica, Psicologia da Infância e Adolescência, Radioterapia, especialidades de Urgência Ginecológica, Pediátrica e Psiquiátrica, com serviço de partos de todas as tipologias, são especialidades recomendadas para fazerem parte da oferta deste novo Hospital o que abre campo para que possa vir a ser útil a muitos outros Utentes fora da sua área de influência, como os de Rio Maior, já que o sistema do SNS o permite quando por falta da especialidade ou esgotadas as vagas sejam os Utentes encaminhados dentro do sistema.

A este propósito, lembre-se que na Câmara de Rio Maior o assunto foi suscitado pela oposição (PS), que levou a Câmara a aprovar em julho passado, por unanimidade, o apoio a uma solução em Caldas da Rainha considerando a ligação histórica entre os seus munícipes e as Caldas da Rainha em termos de saúde, a proximidade na oferta de consultas e atendimento dando assim mais uma opção de recurso. Argumentaram ainda que Rio Maior não tinha sido ouvido ou tido em conta neste Estudo.

O Ministro da Saúde Manuel Pizarro em recente visita ao Hospital de Caldas da Rainha disse que tomaria decisões até março de 2023.

 

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