Incêndios: Lisboa e Vale do Tejo com seis meios aéreos na época crítica
A região de Lisboa e Vale do Tejo (onde Rio Maior se integra) vai ter seis meios aéreos e mais de 1.600 bombeiros e viaturas para o combate aos incêndios durante a fase crítica, segundo o dispositivo ontem apresentado em Mafra.
O comandante regional de Emergência e Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo, Elísio de Oliveira, anunciou que, entre junho e setembro, vão estar disponíveis seis meios aéreos, três no Médio Tejo (dois a operar a partir de Ferreira do Zêzere e um do Sardoal), um na Lezíria do Tejo (Santarém), outro na Grande Lisboa (Mafra) e outro na Península de Setúbal (Montijo).
Na fase Delta, entre julho e setembro, o dispositivo é também composto por 1.641 bombeiros repartidos por 363 equipas e 1.653 veículos.
A Grande Lisboa está dotada de 502 bombeiros, 110 equipas e 112 veículos, a Lezíria do Tejo 296 bombeiros, 67 equipas e 69 veículos, o Médio Tejo 291 bombeiros, 65 equipas e 68 veículos e, o Oeste 284 bombeiros, 64 equipas e 67 veículos e a Península de Setúbal 268 bombeiros, 57 equipas e 59 veículos.
Bombeiros ajudados por proteção civil e papeleiras
O dispositivo regional conta ainda com uma força especial de Proteção Civil, composta por 20 bombeiros, quatro equipas e quatro veículos, em Almeirim e no Montijo. A GNR integra os meios disponíveis com 91 militares e 18 veículos do Serviço de Proteção Natureza e ambiente no ataque inicial dos incêndios, acrescidos de 267 militares e 125 veículos e motos para a prevenção, vigilância e fiscalização, enquanto a PSP 164 efetivos e 19 veículos.
Na chamada fase crítica, entre julho e setembro, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) participa com 321 elementos, 67 equipas e 75 veículos, desde sapadores florestais, agentes florestais, vigilantes da natureza e equipas de gestão dos fogos rurais.
A empresa AFOCELCA (detida pelas empresas florestais dos grupos ALTRI e The Navigator Company) dispõe de uma equipa de combate ligeiro, oito de combate terrestre, uma máquina de rasto, uma equipa de combate helitransportada com cinco operacionais e um helicóptero ligeiro.
Bases de apoio por sub-regiões
Cada sub-região vai ter a sua base de apoio logístico, no Oeste (Lourinhã), com capacidade de alojamento para 40 operacionais, no Médico Tejo (Vila Nova da Barquinha) para 65, na Lezíria do Tejo (Almeirim) para 64, na Grande Lisboa (Mafra) para 60 e na Península de Setúbal (Águas de Moura) para 35.
Entre 01 de janeiro e 05 de junho deste ano, registaram-se 534 incêndios e arderam 194 hectares em Lisboa e Vale do Tejo.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) contribui com 223 incêndios e 104 hectares de área ardida, o Médio Tejo 97 incêndios e 11 hectares de área ardida, o Oeste 125 incêndios e 49 hectares de área ardida, a Lezíria do Tejo 89 incêndios e 30 hectares de área ardida.
Em 2022, arderam 9.719 hectares (498 na AML, 223 na Lezíria do Tejo, 8.066 no Médio Tejo e 929 no Oeste) e registaram-se 1.133 ocorrências relacionadas com fogos rurais (237 na AML, 300 na Lezíria do Tejo, 292 no Médio Tejo e 304 no Oeste).
A região de Lisboa e Vale do Tejo possui 3,7 milhões de habitantes, 35,8% da população do país, e engloba 52 concelhos e 12.216 quilómetros quadrados repartidos pelas cinco sub-regiões dos distritos de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal.