NERSANT: o papel da Comunicação Social

Na 6ª feira, em Rio Maior, a Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT) juntou órgãos de comunicação social regional para debater “O Papel da Comunicação Social Regional no Desenvolvimento do Tecido Empresarial da Região”.

Com grande afluência e dos 4 cantos da região, empresários e jornalistas analisaram o atual estado dos órgãos da comunicação social local e regional, quais os desafios que enfrentam e o seu papel na dinamização do tecido empresarial regional.

A publicidade e novas formas de gerar receitas, a ética jornalística, os novos desafios perante as redes sociais e novas tecnologias, a relação com as empresas e o mercado dentro do balanço da ética profissional, foram temas abordados e bem participados.

 

Maioria dos Municípios não têm ou podem vir a não ter

Pedro Jerónimo, Investigador da Universidade da Beira Interior (Covilhã) – Labcom, Unidade de Investigação de Comunicação e Artes, falou sobre a “informação de proximidade” e o “papel da comunicação social regional”, concluindo que os jornais locais, nas suas palavras, “estão comprometidos com as populações locais, como os nacionais não estão”.

Ainda segundo estudos que apresentou, há no país 1072 publicações periódicas (conforme dados da ERC a 4 de janeiro de 2024), onde 25% dos municípios de Portugal não têm qualquer órgão de comunicação social e 53,9% estão numa situação eminente de virem a não ter.

Aproveitando o momento de Eleições Legislativas que se avizinham, Pedro Jerónimo, que já realizou estudos em Portugal e no Brasil, com outros Colegas Investigadores, acerca da relação da abstenção nas eleições com a ausência de comunicação social local, pretende investigar o fenómeno em 2025, nas Autárquicas.

Não haver jornais locais faz aumentar a abstenção? É a pergunta que pretende responder a partir de 2025 e que, na sua opinião, pode ser bem verdade.

Pedro Jerónimo, UBI / LabCom

5 vertentes no desenvolvimento regional: comunicação social é uma

Na base desta Conferência, a NERSANT, pela voz do seu Presidente António Pedroso Leal, pretende compreender a realidade da comunicação social regional para criar uma maior simbiose com as empresas regionais.

Para ele o desenvolvimento da região assenta em 5 vertentes, que são: as Academias, as Empresas, o Poder local, Regional e as Associações, a Comunicação Social e a própria NERSANT, que se propõe a juntar estes “atores essenciais” da região.

Como exemplo disto mesmo, e sem especificar mais pormenores, adiantou que pela mão da NERSANT um empresário de referência tinha vindo recentemente apresentar o seu projeto ao Município de Rio Maior, o que esperava viesse a dar frutos.

António Pedroso Leal, presidente da Direção da NERSANT

Na Mesa Redonda estiveram (da esquerda para a direita):

Raquel Botelho, Professora do IP Tomar

Vasco Santos, Diretor do Curso de Comunicação ISLA

António Pedroso Leal, NRSANT, Moderador

Paulo Narciso, Diretor e Jornalista Correio do Ribatejo

Patrícia Fonseca, Diretora e Jornalista MedioTejo.net

Pedro Jerónimo, Investigador UBI

 

Veja Também:

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments