Com uma audiência de cerca de 30 pessoas António Luís Marinho, jornalista da RTP, veio a Rio Maior para falar sobre o 25 de novembro de 1975 e a relevância que teve na Democracia portuguesa.
Sem esquecer o papel de Rio Maior nesse período da história e para falar na 1ª pessoa sobre os acontecimentos, Joaquim da Nazaré Gomes descreveu de viva voz o que viveu, e porque o viveu, nesse “verão quente”, com origem em Rio Maior e um pouco por todo o País, descrevendo as reuniões havidas em Belém onde uma Delegação de Agricultores foi levar o testemunho destas gentes e do povo ao Conselho da Revolução, de forma a norteá-los na sua ação naquele dia 25, depois dos episódios da tentativa de “tomada” do Grémio Riomaiorense da Lavoura.
Silvino Sequeira, na altura um jovem estudante e jornalista, e já pai de filhos, descreveu a vivência dos jovens naqueles tempos, abordando os medos e as incertezas que viviam quanto ao futuro, na tropa, no trabalho e na sociedade, e o desejo de um País melhor.
Presentes ainda na sala vários vereadores, desde o PS ao PSD, membros da Assembleia Municipal, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior, havendo tempo ainda para algumas perguntas e considerações. Filipe Santana Dias, Presidente da Câmara, abordou o tema da educação nas escolas poder ser demasiado “esquerdizada” e isso alterar a perceção da História e Miguel Paulo, Vereador do PS, perguntou sobre a força que o PCP acabou por ter, pese embora os apenas 12% de votos obtidos naquele tempo, e um certo paralelismo com outras forças políticas atuais nas mesmas circunstâncias, sentindo-se satisfeito pela visão integrada de factos importantes na nossa História, desde um 16 de Março e o “Levantamento” das Caldas, ao 25 de Abril e o 25 de Novembro.
Ainda outras intervenções do púbico, numa “conversa” amena, onde cada vez mais se descobre e entende o papel destes marcos da nossa Democracia e o importante papel que Rio Maior teve nos mesmos.
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