Obras no IC2 concluídas

     

A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou o fim da empreitada de beneficiação do troço do IC2, entre o nó de Asseiceira (Rio Maior) e a zona urbana de Freires (Alcobaça).

Esta obra levou à reabilitação integral do pavimento e à modelação do ambiente rodoviário ao longo do troço intervencionado.

Destacado pela IP foi a criação de cinco novas rotundas, “que facilitam as acessibilidades à rede viária local, melhoram a fluidez do tráfego e reforçam as condições de segurança rodoviária dos milhares de automobilistas que diariamente utilizam o IC2 nas suas deslocações, mitigando o risco de acidente e assim contribuindo para a redução da sinistralidade”.

A obra compreendeu, ainda, a adequação e melhoria da sinalização de código e de orientação e o reforço do sistema de drenagem.

Neste seu comunicado, a IP salienta que no desenvolvimento da obra foi implementada uma solução inovadora e sustentável de reabilitação funcional do pavimento.

Nas camadas que ficaram por debaixo das misturas betuminosas (o alcatrão), foi incorporado parte do material retirado das lajes que compunham o antigo pavimento (de cimento), sendo esse material utilizado também noutras pavimentações desta obra.

Os restantes resíduos resultantes do antigo pavimento e que não foram aproveitados “seguiram um processo de certificação de forma a contribuir para a Circularidade na Construção”, lê-se.

Com a concretização deste investimento “ficam reforçados os níveis de qualidade e segurança da infraestrutura ao serviço da mobilidade das populações locais”, afirma a IP.

 

Mais de 8,4 milhões de euros e quase 2 anos de obra

Lembre-se, que o contrato para a requalificação do IC2 foi assinado no verão de 2021, tendo a obra começado em janeiro de 2022, numa extensão de 20,3 kMs, com um período anunciado de 450 dias e investimento superior a 8,4 milhões de euros.

Acabou por demorar um pouco mais, com o anúncio em março deste ano que o tráfego rodoviário iria passar pela velha EN1, passando por Rio Maior (Av. dos Combatentes) e Alto da Serra, durante 7 meses.

Já em novembro deste ano, mais 7 semanas foram comunicadas para este mesmo percurso.

Adjudicada a obra à empresa JJR & Filhos, foi uma obra reclamada durante anos e que tardou na sua adjudicação, assumindo também alguma complexidade na sua execução o que acabou por justificar a sua morosidade.

     

5 rotundas construídas e a polémica do Alto da Serra

Com a construção de 5 rotundas, aos quilómetros 78,8, 79,6 (em Rio Maior) e aos quilómetros 81,3, 83,3 e 84,6 (na Benedita – Alcobaça), ficou pelo caminho a polémica da rotunda de acesso a Rio Maior em Alto da Serra.

Esta rotunda foi pavimentada de novo e foram mudados os lancis que a delimitam, o que melhorou muito o seu piso, mas ficou inalterada e no mesmo sítio.

Segundo algumas opiniões, incluindo a dos Vereadores da Oposição (PS) na Câmara de Rio Maior a determinada altura, esta ligação a Norte de Rio Maior tinha de ser mais bem pensada, com uma nova solução a implantar no IC2 ou, na sua impossibilidade, com ampliação, correção de inclinação e melhoria nos vários acessos da rotunda.

Segundo opiniões, para além do aspeto estético de “maior dignidade na entrada norte da cidade”, são os transportes pesados que mais se queixam na circulação desta rotunda e depois no acesso à antiga EN1.

 

Reparação de danos na EN1 realizados

Os danos entretanto causados na EN1 provocados pelo tráfego desviado do IC2, também foram “assunto quente” durante este processo, nomeadamente no interior da localidade de Asseiceira.

Aqui, a empresa adjudicada na obra de requalificação daquele IC já procedeu a pavimentações na duas vias, resolvendo esses danos, desconhecendo-se ainda se haverá mais intervenções a fazer ou não.

 

[Imagens: RRM, IP]

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