Chegaram a Portugal a 8 de julho de 1994, hoje são uma frota de 28 aeronaves e fizeram o seu 1º voo português a 18 de julho de 1994.
Em 1990, Portugal celebra com os Estados Unidos um Acordo, o Peace Atlantis I, para a aquisição de 20 aviões F-16A/B Block 15.
O País necessitava de modernizar a sua Força Aérea e substituir os antigos Fiat G.91 e Northrop T-38 Talon, onde os Fiat já haviam servido na Guerra Colonial.
A entrega destes F-16 dá-se em 1994 e o seu primeiro voo português ocorreu em 18 de julho de 1994, faz 30 anos nesta 5ª feira.
Entre 1998 e 1999, com o Acordo Peace Atlantis II, Portugal adquiriu mais 25 aeronaves F-16 usados (21 F-16A e 4 F-16B) da Guarda Nacional Aérea dos Estados Unidos.
Havia a necessidade de aumentar a capacidade e atualizar os sistemas de defesa aérea.
Estes caças são alvo de modernizações constantes
Estes aviões passaram por um programa de atualização denominado Mid-Life Update (MLU), que incluiu a modernização dos sistemas eletrónicos e de armamento, aumentando a capacidade operacional e a vida útil destas aeronaves.
A Força Aérea Portuguesa atualmente opera uma frota modernizada de F-16MLU (Mid-Life Update), que continua a ser um componente essencial da defesa aérea de Portugal.
Depois de alguns aviões já terem sido vendidos, por exemplo à Roménia, Portugal atualmente possui uma frota de 28 aviões F-16, distribuídos entre os esquadrões 201 “Falcões” e 301 “Jaguares”, localizados na Base Aérea nº 5 (BA5), de Monte Real (Leiria).
O seu principal corredor de voo encontra-se entre Monte Real e Santarém, cruzando os céus de Rio Maior, pelo que é usual “vê-los passar”.
Recorde-se que recentemente foi este mesmo corredor (também da NATO) que colocou um dos obstáculos na construção do novo aeroporto em Santarém, pelo condicionamento do tráfego aéreo sobre esta região.
F-16 podem ter de voar mais 10 anos até serem substituídos
O País enfrenta no momento o desafio da substituição deste tipo de equipamento militar, com o Chefe do Estado Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, a declarar que “Portugal está a ficar para trás com F-16 em fim de vida”.
João Cartaxo Alves lembra que “os nossos F-16 têm 30 anos, sabemos que a sua substituição, se houvesse alguma decisão, demoraria dez anos a chegar. Isso significa que os F-16 teriam de voar mais de 40 anos”.
Foi numa entrevista ao DN, a 30 maio último.
Um avião já com 50 anos
Este avião, é de fabrico norte-americano, embora também se tenha montado na Bélgica e nos Países Baixos.
O seu fabricante é a General Dynamics, e também a Lockheed Martin, e é descrito como caça a jato polivalente, monomotor, altamente manobrável, apto a operar em todas as condições meteorológicas e de luminosidade.
O seu primeiro voo foi em 20 de janeiro de 1974, há 50 anos, foram produzidas cerca de 5 000 unidades até hoje e cada uma custa entre 14 e 18 milhões de dólares americanos, novo.
[Imagens: FAP]