Quanto se ganha em Rio Maior?

Qual é o rendimento dos agregados familiares em Rio Maior, quanto declaram ao fisco e como estamos em relação a Portugal e à Lezíria do Tejo?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou ontem as estatísticas do rendimento ao nível local. Ou seja, quanto declara ao fisco um agregado familiar, e cada sujeito passivo, para efeitos de IRS, em cada concelho.

Os dados analisados são referentes a 2021, e comparam com os anos anteriores, já que os dados de 2022 estão a ser tratados agora.

Cada agregado português mete em casa 1 655 euros por mês, em média

Assim, em média, cada agregado familiar em Portugal, no seu IRS, declarou em 2021 o rendimento de 19 866 euros.

Este valor é superior em 801 euros, em relação a 2020 (foi de 19 065 euros).

Se viermos agora para a região da Lezíria do Tejo (a que Rio Maior pertence), a média de rendimentos declarados por agregado familiar foi de 18 224 euros, em 2021, superior em 748 euros em relação a 2020 (que foi de 17 476 euros).

Cada agregado em Rio Maior mete em casa 1 412 euros por mês, em média

Já em Rio Maior, os agregados familiares declararam 16 946 euros, em 2021, o que significa um aumento de 693 euros em relação a 2020 (16 253 euros). Mas auferindo menos 243 euros que a média nacional.

Indo agora aos concelhos da Lezíria do Tejo, o menor rendimento declarado foi de Chamusca (15 390 euros), e o concelho com mais rendimento por agregado familiar é Santarém (19 902 euros).

Dos concelhos do Distrito de Santarém, Ferreira do Zêzere é aquele que apresenta menor rendimento declarado (15 142 euros) e Entroncamento é o “mais rico” com 21 855 euros declarados.

Na tabela abaixo, poderemos ver os valores médios de rendimento declarado, por concelho, e que compara com Portugal e a Lezíria do Tejo (onde Rio Maior se insere) e, entre parêntesis, o aumento de rendimento de 2020 para 2021 (todos os concelhos aumentaram):

Portugal       19 866 €       (801 €)

Lezíria do Tejo       18 224 €       (748 €)

Santarém       19 902 €        (686 €)

Benavente       19 308 €       (978 €)

Cartaxo       18 630 €       (660 €)

Azambuja       18 068 €       (743 €)

Golegã       17 771 €       (676 €)

Salvaterra de Magos       17 456 €       (744 €)

Coruche       16 951 €       (734 €)

Rio Maior       16 946 €       (693 €)

Alpiarça       16 807 €       (944 €)

Almeirim       16 619 €       (761 €)

Chamusca       15 390 €       (610 €)

Santarém é o mais “rico”. Rio Maior em 8º lugar

Com base nestes números, Rio Maior está assim em 8º lugar, em 11 concelhos, em termos de rendimentos declarados.

Só Santarém está acima do rendimento médio nacional, e da Lezíria do Tejo, e Benavente aproxima-se, mas abaixo.

Os outros concelhos estão abaixo desta média e Rio Maior declara menos 2 920 euros, por ano e por agregado familiar, em relação à média nacional. Na Lezíria do Tejo, estamos 1 278 euros abaixo.

Em termos de aumento de rendimentos de 2020 para 2021, Benavente lidera a tabela, com um aumento de 978 euros por agregado familiar e Chamusca foi o concelho que menos cresceu no rendimento, com 610 euros a mais em 2021.

Rio Maior ocupa o 7º lugar, nos 11 concelhos, aumentando o rendimento em 693 euros.

Ganhamos menos 147 euros que um português médio

Olhando aos dados, equivale a dizer que por cada 1 000 euros que, em média, um português ganhe, um riomaiorense ganhará apenas 853 euros (menos 147 euros).

Por cada 1 000 euros que um cidadão da Lezíria do Tejo ganhe, em média, um riomaiorense ganha cerca de 930 euros (menos 70 euros).

Em 2021, o concelho de Rio Maior declarou 190 milhões e 797 mil euros de rendimentos brutos,  tendo o Estado arrecadado 18 milhões e 757 mil euros de IRS.

 

[Imagem: Depositphotos; Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Estatísticas do rendimento ao nível local. Indicadores de rendimento declarado no IRS : 2021. Lisboa : INE, 2023.]

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