“Foi aqui, em Rio Maior, na véspera do 25 de Novembro de 1975 que se deu o sinal que era preciso para que as forças armadas moderadas avançassem para a conquista da liberdade e democracia que havia sido amordaçada em 11 de março de 1975”.
Estas são as palavras de Joaquim da Nazaré Gomes, publicadas aqui no Região de Rio Maior, a 24 de novembro de 2023 (https://regiaoriomaior.pt/o-25-de-novembro-contado-na-primeira-pessoa/) para assinalar esta data que fica para sempre ligada a Rio Maior.
Assinalam-se hoje os seus 49 anos, também com uma Cerimónia para o efeito na Assembleia da República, e uma Conferência na Biblioteca Municipal Laureano Santos, em Rio Maior, mais logo pelas 21h00, com a presença de Manuela Goucha Soares, jornalista e com raízes em Rio Maior, e Ana Mónica Fonseca, Professora Universitária do ISCTE.
“25 de Novembro de 1975 – Antecedentes e consequentes de uma crise” será o tema desta sessão.
Época vivida intensamente em Rio Maior, que foi “fronteira entre norte e sul”, entre a esquerda e a direita políticas, daqui saiu a delegação de Agricultores (Eng. José Casqueiro, Luís Madeira, Guilherme Jacinto e Nazaré Gomes) que a 24 de novembro de 1975, depois da grande concentração de agricultores em Rio Maior, se dirigiu a Belém, para dar conta ao Conselho da Revolução de orientações sobre os acontecimentos.
“Essa reunião durou até às 6 da manhã e foi-nos prometido que o governo iria analisar as nossas pretensões e que ia ser discutido no governo nos próximos dias. Horas depois vim a saber que já estava em marcha o 25 de novembro onde finalmente nos foi restituída a liberdade e a democracia que nos tinha sido prometida no 25 de abril de 1974”, ainda nas palavras de Nazaré Gomes.
Rio Maior na História, faz hoje 49 anos.
José Manuel Casqueiro dirige-se aos Agricultores em dia de comemoração e a imagem de Joaquim da Nazaré Gomes, 1 dos 4 que reuniu com o Conselho da Revolução a 24 de novembro de 1975
[Imagens: Cidadania RM, CAP, JNG]